A poética do anônimo na poesia de Ana Paula Tavares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Lanuk Nagibson Araújo
Orientador(a): Gonçalves, Marta Aparecida Garcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28400
Resumo: Nascida em 1952, em Lubango, província de Huíla, Angola, Ana Paula Tavares é graduada em História pela Universidade de Lisboa (1982). Possui Mestrado em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Universidade de Lisboa (1969) e é Doutora em Antropologia da História pela Universidade Nova de Lisboa (2010). Diante dos tabus impostos sobre a sexualidade feminina, Paula Tavares nos confronta ao nos colocar diante do corpo da mulher e apresentá-lo como território misterioso que somente a dona o conhece com profundidade. A escritora apresenta uma escrita marcada por temas que tratam sobre o que é ser mulher em Angola pósdescolonização. Este trabalho tem como corpus poemas da antologia poética Amargos como os frutos, publicada no Brasil em 2011, e objetiva um estudo sobre a voz do anônimo, sobre quem são esses anônimos que compõem a poesia de Tavares e como a poetisa utiliza sua escrita e voz para representar e ficcionalizar os oprimidos. A pesquisa tem como aporte teórico os conceitos de literatura comparada e influência de Sandra Nitrini (2015), a distinção entre sexualidade e erotismo dado por Octávio Paz em A dupla chama (1995), o conceito de erotismo por Georges Bataille (2014), os estudos acerca do corpo, oferecidos pela crítica feminista de Lúcia Osana Zolin e de Elódia Xavier (2007), assim como as considerações da teoria pós-colonial de Thomas Bonnici (2009). Os estudos acerca do anonimato se dão por Jacques Rancière em La palabra muda (2009), O fio perdido (2017), Políticas da escrita (2017) e os estudos de subalternidade por Gayatri Spivak em Pode o subalterno falar? (2014), as considerações sobre lugar de fala por Djamila Ribeiro no ensaio: O que é lugar de fala (2017) e os apontamentos sobre feminismo e estudos de gênero pela escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie em Sejamos todos feministas (2015) e Para educar crianças feministas: um manifesto (2017).