Nanopartículas catiônicas de poli (ácido lático) para liberação modificada de peptídios da peçonha do escorpião Tityus serrulatus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mesquita, Philippe de Castro
Orientador(a): Silva Júnior, Arnobio Antonio da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACEUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20941
Resumo: Acidentes notificados envolvendo o envenenamento por escorpiões ainda são frequentes no Brasil, ocasionados principalmente pela espécie Tityus serrulatus, conhecido como escorpião amarelo. Embora os soros antiescorpiônicos sejam produzidos rotineiramente por diversos laboratórios oficiais, a eficácia de sua utilização depende da rapidez com que se inicia o tratamento e da eficiência na produção de anticorpos pelos animais imunizados. No presente trabalho, o desenvolvimento de nanopartículas poliméricas catiônicas de poli(ácido lático) teve como objetivo a busca de um sistema de liberação modificada para os peptídeos e proteínas presentes na peçonha do escorpião T. serrulatus, capaz de potencializar a produção de anticorpos em soro anti-veneno. As nanopartículas catiônicas foram obtidas por nanoprecipitação, após o estudo do efeito dos parâmetros da técnica sobre as propriedades físico-químicas das partículas, com a otimização de um método de baixa energia. A funcionalização da superfície das nanopartículas com a polietilenoimina hiper-ramificada foi comprovada pela análise de potencial zeta e possibilitou a adsorção por interação eletrostáticade diferentes tipos de proteínas. A eficiência de incorporação de 40-80 % de albumina de sorobovino (BSA) e 100 % de peptídeos da peçonha do escorpião avaliadas por espectrofotometria e eletroforese em gel de poliacrilamida, confirmou o sucesso na escolha dos parâmetros do método de obtenção das nanopartículas, produzidas com tamanho entre 100 a 250 nm. A análise de microscopia de força atômica e estudos in vitro de liberação, mostraram que as nanopartículas esféricas fornecem um perfil sustentado de liberação das proteínas pelo mecanismo de difusão, que potencializou a produção de anticorpos antiveneno em animais imunizados com as nanopartículas contendo a peçonha do escorpião, comprovando o potencial para aplicação in vivo das nanopartículas.