Perfil epidemiológico dos profissionais da odontologia em relação a Covid-19 durante a pandemia no estado do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Freitas, Maria Antonia Rêgo de
Orientador(a): Germano, Adriano Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44701
Resumo: Este estudo se propôs a traçar um perfil epidemiológico dos profissionais da Odontologia no Estado do Rio Grande do Norte (RN), em relação a infecção da COVID-19 durante a pandemia. Um censo virtual foi disponibilizado aos Cirurgiões-dentistas (CD), técnicos de saúde bucal (TSBs) e auxiliares de saúde bucal (ASBs), com inscrição ativa no Conselho Regional de Odontologia do RN. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário eletrônico (formulário Google), enviado através do e-mail oficial do CRO-RN, lista de transmissão de mensagens do aplicativo WhatsApp, por mensagens do tipo SMS e postados nas redes sociais da entidade. A coleta de dados fez referência ao período de fevereiro de 2020 até março de 2021. Um total de 567 profissionais responderam ao questionário com idade média de 36,67 anos (DP=9,56). Na amostra 515 eram CD e 52 TSBs/ASBs. O índice de contaminação por COVID-19 nesse período foi de 25,74% da amostra. A contaminação foi maior no grupo TSBs com 37% e menor nos CD com 25%. Considerando apenas os profissionais que acreditam que a contaminação ocorreu pela sua atividade trabalhista, os valores chegam a 10,1%. Na busca de associações significativas entre a atuação profissional e local de trabalho com a positividade dos testes para COVID-19, foi observado que trabalhar na região do alto oeste (p=0,011) foi um fator de risco, bem como não estar satisfeito com o treinamento (p=0,0001) e possuir poucos anos de formado (p=0,015). Ser mais jovens (p=0,005) e solteiros (p=0,040) estão associados testarem mais positivo. Com relação ao impacto na renda, foi verificada associação significativa com local de atuação, sendo o setor privado mais afetado (p<0,0001). Quem parou entre 1-3 meses foram os mais prejudicados em relação a sua renda financeira (p<0,0001). A maioria dos casos apresentaram a forma leve da doença. Portanto a COVID-19 no período analisado, gerou um impacto na profissão odontológica, com repercussão financeira significativa e seus índices de contaminação estiveram mais relacionados aos TSBs e aos CD com menor tempo e nível de formação. O fator idade também demonstrou que a contaminação ocorreu com mais relevância nos profissionais entre 20 e 30 anos, entretanto não foi possível confirmar se esta associação tem relação direta com a atuação profissional. Do ponto de vista estratégico, a falta de EPI, sobretudo de máscaras PFF2, óculos, aventais, álcool 70%, bem como não está satisfeito como o treinamento para a COVID-19, demonstraram ter uma relação positiva no número de contaminação, sendo uma importante ferramenta na prevenção. Os resultados desta pesquisa são importantes para demostrar o impacto da pandemia nos profissionais da Odontologia no Estado do Rio Grande do Norte – Brasil.