Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Merly, Flávio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33549
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Resumo: |
No Brasil, a pandemia de COVID-19 teve início em 26 de fevereiro de 2020. Menos de um mês depois, o Ministério da Saúde declarou o estado de transmissão comunitária em todo o território nacional e, desde então, foram confirmados 37 553 337 casos e 702 421 mortes. A infecção pelo COVID 19 pode provocar desde quadros clínicos leves a complexos multisistêmicos, com evolução para óbito. Não existe tratamento específico para infecção pelo SARS-CoV-2, no entanto, a introdução da vacina provocou uma mudança no curso da epidemia com redução drástica nos números de casos e principalmente de quadros graves. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil epidemiológico, em relação ao COVID-19, dos pacientes internados no Hospital Municipal Oceânico de Niterói (HMON) e em tratamento odontológico na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense (FO-UFF). Este trabalho foi submetido e aprovado pelo Comite de Ética em Pesquisa. A pesquisa ocorreu entre 03 de fevereiro e 23 de maio de 2022 no HMON e nas clínicas da FO-UFF. Os critérios de inclusão foram: ter 18 anos ou mais; pertencer a quaisquer gêneros, etnias e classes sociais; ser profissional de saúde ou paciente do HMON ou da FO-UFF; estar ou não com COVID-19; ser capaz de responder ao questionário fornecido. Um total de 180 participantes foram incluídos neste estudo e divididos em dois grupos, considerando o diagnóstico de SARS-CoV-2 durante a Pandemia: SARS-CoV-2 positivo (n=103) e SARS-CoV-2 negativo (n=77). No total, 65 participantes (36,1%) eram homens e 115 (63,9%) mulheres, sendo a média de idade de 49±18.6 anos. Vinte (11,1%) participantes declararam-se fumantes, 55 (30,6%) eram hipertensos, 31 (17,2%) diabéticos, 40 (22,2%) afirmaram ter rinite, 8 (4,4%) asma e 7 (3,9%) bronquite; Cento e dezoito (65,6%) participantes estavam utilizando algum medicamento, 5 (2,8%) tinham histórico de hepatite; 3 (1,7%) de sífilis; 3 (1,7%) de tuberculose; 2 (1,1%) de febre reumática; 26 (14,4%) de algum problema renal; 30 (16,7%) de alguma condição cardíaca. Oitenta e nove (49,4%) pessoas declararam consumir álcool. Na comparacão entre os dois grupos ficou evidente que os participantes com histórico de SARS-CoV-2 positivo apresentaram média de idade de 44 anos, significantemente menor (p<0.001) dos participantes SARS-CoV-2 negativos. Os participantes SARS-CoV-2 negativo apresentaram maior hábito tabagista (p=0.02) e hipertensão arterial (p=0.02). Quanto ao estado vacinal para COVID-19, 5 (2,8%) participantes tinham tomado apenas uma dose da vacina; 41 (22,8%) tinham recebido duas doses; 127 (70,6%) receberam as duas doses, mais uma dose de reforço; 3 (1,7%) já haviam recebido as duas doses de reforço (total de quatro doses) e 4 (2,2%) não informaram ou disseram não ter tomado a vacina. Nenhum (0%) participante testou positivo para SARS-CoV-2 após a quarta dose de vacina. A incidência da SARS-CoV-2 após a primeira dose de vacina diminui para 7,2%, evidenciando uma queda de 87% de diagnostico positivo para SARS-CoV-2. Ficou evidente que a única diferença encontrada entre os participantes reinfectados após vacinação foi uma maior media de idade (p=0.07) (61 anos) para os reinfectados. Em todos os outros aspectos não houve diferença significativa. Concluiu- se que, a maioria dos pacientes que apresentaram a formas grave da doença, necessitando de internação Hospitalar eram portadores de alguma comorbidade sendo a doença cardiovascular e a diabetes as mais relevantes; houve uma menor incidência de reinfecção no grupo de pacientes vacinados; a média de idade dos pacientes infectados foi menor do que a dos não infectados, não sendo observada diferença em relação ao consumo de álcool, tabagismo, higiene oral. Não houve diferença quanto aos aspectos sócios econômicos no acometimento pela doença |