Diversidade, composição e aspectos ecológicos de taxocenose de lagartos (Squamata) em área impactada de parque urbano, Natal, Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Queiroga, Emanuel Luan Barros de
Orientador(a): Freire, Eliza Maria Xavier
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22004
Resumo: O Domínio da Mata Atlântica, que se estima restarem somente entre 7 a 10% de vegetação remanescente, encontra-se ameaçado pelo uso e ocupação desordenados, em sua maior parte proveniente da urbanização, uma das principais causas de extinção de espécies. Dentre os remanescentes no estado do Rio Grande do Norte, destaca-se o Parque Estadual das Dunas de Natal (PEDN), Unidade de Conservação de proteção integral e localidade tipo do lagarto Coleodactylus natalensis, espécie da fauna brasileira ameaçada de extinção. Apesar destes fatos, beleza cênica e amenização do clima pelo PEDN, ele está sempre ameaçado de uso e ocupação de parte que margeia a Avenida Roberto Freire, por ser considerada degradada. Em virtude disso, este trabalho visou subsidiar a avaliação da importância ambiental dessa área degradada, a partir deste estudo sobre taxocenose de lagartos, para registrar e identificar as espécies, e como estas se distribuem e se mantêm nas diferentes fitofisionomias. Foram delimitados três quadrantes de amostragens paralelos, equidistantes cerca de 500 m, em diferentes fitofisionomias. A procura ativa nas áreas foi de forma aleatória ao longo de três transecções paralelas. Foram registradas 12 espécies de lagartos e a curva de rarefação mostrou-se sintótica, denotando que mais espécies poderiam ser registradas. As espécies mais registradas foram Ameivula ocellifera, Brasiliscincus heathi e Gymnodactylus geckoides. As com maior e menor largura de nicho quanto ao habitat foram Salvator merianae e C. natalensis, respectivamente. Quanto ao microhabitat, Tropidurus hispidus foi a mais generalista e B. heathi a mais especialista. O par de espécies com maior sobreposição no uso de habitats foi S. merianae e Ameiva ameiva, e nos microhabitats, A. ocellifera e B. heathi. A variação temporal da riqueza frente a altas temperaturas e índices pluviométricos indica que a presença das espécies é mais dependente de fatores abióticos. Altas sobreposições em alguns pares de espécies não limitam a coocorrência destas, pois segregam nos demais eixos dos nichos. As espécies mais frequentes são de áreas abertas, mas duas de áreas florestadas, Dryadosaura nordestina e C. natalensis, esta última ameaçada de extinção, reforçam a relevância da conservação dessa área considerada degradada para a manutenção da biodiversidade do Parque.