Estrutura da taxocenose de lagartos de um fragmento de floresta atlântica setentrional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: ARAÚJO NETO, José Vieira de
Orientador(a): GUARNIERI, Miriam Camargo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27890
Resumo: Esse estudo foi realizado em uma área de Mata Atlântica setentrional, centro endemismo Pernambuco, com os objetivos principais de avaliar presença de estruturação na taxocenose de lagartos e avaliar o efeito histórico na mesma, para os eixos, espacial (microhábitat) e trófico (dieta). Os lagartos foram coletados com auxílio de armadilhas de interceptação e queda, de cola e buscas ativas. Utilizamos modelos nulos para avaliar a presença de estrutura. O efeito histórico foi avaliado com uso das análises de ordenação filogenética (CPO) e correlações de Mantel. Foram encontradas 20 espécies, distribuídas em 11 famílias. Com o corte de espécies com unidade amostral pequena, foram utilizadas 17 espécies nas analises de microhábitat e 14 de dieta. As maiores larguras de nicho para uso do espaço foram das espécies Dactyloa punctata (4,00) e Norops fuscoauratus (3,75). Para dieta as maiores larguras de nicho foram para as espécies Enyalius catenatus (largura N= 6,81, volume=7,70) e Dryadosaura nordestina (largura N=7,18, volume=4,87). Quanto às sobreposições de nicho, para microhábitat, vários pares de espécies apresentaram valores maiores que 0,70 (considerados altos), já para dieta apenas um par de espécies teve alta sobreposição (0,94 entre Tropidurus hispidus e Strobilurus torquatus). Utilizando modelos nulos, os resultados indicaram que para o uso dos microhábitats não houve estruturação (média observada= 0,24, média simulações 0,23), para os recursos alimentares a taxocenose apresentou forte estrutura (média observada= 0,07, média simulações= 0,30). O que indica que os recursos alimentares não são utilizados de maneira aleatória. A taxocenose apresentou influência histórica para microhábitat tanto na CPO quanto no Mantel. Para dieta, CPO e Mantel não apontaram influência filogenética. A influência filogenética é mais comum na dieta que no uso do ambiente, diferente do indicado pelos resultados da CPO e Mantel, mas apesar das análises não apontarem influência histórica para o nicho alimentar, das 10 espécies da Mata da Bananeira com dieta conhecida, sete apresentaram dietas similares em lugares distintos, o que indica conservação histórica.