O filme infantil com audiodescrição no contexto escolar: a leitura fílmica no cruzamento de olhares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Jane Cleide Bispo dos Santos
Orientador(a): Alves, Jefferson Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26448
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo desenvolver, de forma colaborativa, uma proposta pedagógica mediada por filmes infantis (curtas-metragens) com audiodescrição, contemplando alunos com e sem deficiência visual. Para tanto, adota os princípios metodológicos pautados na abordagem qualitativa, com um perfil de pesquisa-intervenção fundamentada nas concepções de dialogismo e alteridade de Mikhail Bakhtin. Envolto em toda essa perspectiva, utiliza como instrumentos e procedimentos de construção de dados para a análise: a observação; o registro no diário de campo; as rodas de conversa orientadas na entrevista coletiva, conforme proposto por Kramer (2003); os registros fotográficos, videográficos e as gravações em áudio para assegurar a fidelidade dos dados obtidos. Para tanto, realiza três oficinas pedagógicas, com sessões fílmicas com e sem o agenciamento da audiodescrição, seguidas de atividades de sensibilização e percepção sensorial e de rodas de conversa. A investigação ocorreu em uma escola da rede pública estadual do Rio Grande do Norte, localizada no município de Natal, na região sul da cidade e no Centro de Apoio Pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência visual Iapissara Aguiar – CAP/RN. Os sujeitos da pesquisa são alunos de uma turma de 4º ano do Ensino Fundamental do turno matutino, formada por 19 alunos, com faixa etária entre 09 a 15 anos de idade, sendo 12 meninos e 7 meninas, dessas 1 com deficiência visual (cegueira). Os resultados da análise apontam para a constatação de que audiodescrição, agregada ao filme e se configurando como um dos temas a ser compartilhado, contribui para a participação de todos os alunos, inclusive, a aluna com deficiência visual. Este estudo assume uma perspectiva acessível pelo agenciamento da audiodescrição, ao colaborar com o processo dialógico do conhecimento escolar, concorre para a alteração da própria compreensão que os alunos têm em relação àqueles que não se enquadram nos padrões de normalidade designado pela sociedade vigente, enfrentando, assim, suas próprias barreiras atitudinais, provocando a verdadeira inclusão escolar.