Entre corpos e espaços: uma história da criminalidade nas matas de araucárias (Mallet-PR, 1931-1950)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pochapski, Gabriel José
Orientador(a): Albuquerque Júnior, Durval Muniz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25990
Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal produzir um estudo da criminalidade a partir dos corpos e dos espaços no município de Mallet, localizado nas matas de araucárias do Estado do Paraná. Buscamos concentrar esta pesquisa entre os anos de 1931 a 1950, período em que o registro da criminalidade se intensificou, tendo os corpos como as superfícies atingidas nos conflitos conduzidos até o Poder Judiciário. Desde o final do século XIX e na primeira metade do século XX, o território onde se desenvolveu Mallet foi marcado pelo contato da população cabocla com milhares de imigrantes eslavos, principalmente de origem ucraniana e polonesa, que ali se estabeleceram em decorrência das estratégias de colonização do sul do Brasil. As relações desenvolvidas entre os diferentes habitantes dessas áreas predominantemente rurais implicaram na formação e delimitação de espaços marcados por tensões, desavenças e violências que inscreveram seus sinais nos corpos e que ganharam visibilidade governamental nas décadas de 1930 e 1940. Tendo os processos criminais da Comarca de Mallet como o principal suporte documental e a história serial como a base metodológica, pretendemos investigar como os registros da criminalidade ganharam impulso a partir da década de 1931; quais relações os corpos estabeleceram com os espaços nessas ocasiões de conflitos; de que modo as desavenças estiveram ligadas às singularidades temporais, étnicas e culturais dos moradores e das autoridades judiciárias e policiais; e quais foram os padrões recorrentes, as descontinuidades e as rupturas perceptíveis nos crimes que atingiram os corpos entre os anos de 1931 a 1950. Por fim, tendo a cartografia como o conceito a ser instrumentalizado nesse estudo sobre a criminalidade, este trabalho pretende compreender os espaços relacionados com os crimes nos seus diferentes fluxos, devires e movimentos, bem como, busca colocar a presença do corpo como um aspecto fundamental e indissociável da narrativa historiográfica.