Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa, Flávia Ferreira Lopes da |
Orientador(a): |
Faria, Marilia Varella Bezerra de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26671
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Resumo: |
Há mais de um século, o desfile das escolas de samba continua surpreendendo o grande público, resistindo às cobranças, à mercantilização da cultura e às infindáveis mudanças em sua estrutura organizacional. Assim como qualquer outra instituição cultural, as escolas de samba passam por constantestransformações para se adequar à nova realidade e às exigências do público, que deseja sempre ser surpreendido por um grande espetáculo. Diante da proporção que a festa carnavalesca tomou e de todas essas mudanças ocorridas, dentro e fora do universo do samba, as escolas de samba são pressionadas a se afirmar e mesmo a redefinir suas identidades culturais. Considerando essa nova reordenação no universo do samba, este estudo objetiva analisar como as escolas de samba do Rio de Janeiro se constroem identitariamente a partir de seus sambasexaltação. Para tanto, assume-se, a princípio, o pressuposto de que essas canções, assim como os hinos nacionais, são propagadoras ideológicas de modos de pensar e constitutivas de identidades da agremiação e da própria comunidade. Os sambas-exaltação, também conhecidos como hinos de exaltação, são fundamentais no processo de construção e de afirmação da identidade dessas instituições culturais. São gêneros discursivos que não só favorecem a elevação da autoestima da comunidade participante mas também contribuem para desperta-lhe o sentimento de pertencimento. A pesquisa insere-se na área da Linguística Aplicada, um campo teórico que entende a linguagem como prática social e se ancora no modelo sócio-histórico, em que a linguagem é entendida como prática discursiva (Círculo de Bakhtin). Ainda no campo teórico, estabeleceu-se uma interconexão com os estudos culturais (Hall; Canclini; Bauman; Woodward), considerando que a cultura constrói valores, produzindo diferenças em função de suas condições de produção. As escolas de samba analisadas foram as três com o maior número de títulos até 2018: Estação Primeira de Mangueira, Grêmio Recreativo da Portela e Beija-Flor de Nilópolis. No percurso investigativo, constatou-se que o processo de construção identitária das escolas de samba é semelhante ao dos hinos nacionais. Constatou-se também que as escolas de samba afirmam sua identidade por meio de sistemas representacionais, como a valorização de um autêntico passado de glórias, a bandeira, as cores que as singularizam, as suas tradições e os seus valores, o bairro/morro onde estão localizadas, um discurso de amor e devoção à “terra amada” a ser assimilado e reproduzido pela comunidade, a sensação de felicidade, a identidade feminina, a identidade religiosa, e a afirmação de seu status de lugar de samba, pelo qual querem ser reconhecidas. |