Os sambas-exaltação e o épico de Ary Barroso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vital, Jerusa Furtado lattes
Orientador(a): Carvalho, Luiz Fernando Medeiros de lattes
Banca de defesa: Rios, André Rangel lattes, Oliveira, Marcus Vinícius Ferreira de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11016
Resumo: A importância do samba para a Música Popular Brasileira deve-se a sua transformação em música nacional. Portanto, a análise da canção popular brasileira, motivo de estudo de alguns autores mostra o samba, surgido nos anos 30, como principal gênero musical no país, tornando-se parte integrante da constituição da identidade nacional. Vários autores apontam Ary Barroso como um dos maiores compositores populares modernos, sendo ele o responsável por projetar no exterior o samba-exaltação e a marchinha, abrindo caminho para a bossa-nova. Destacam- se, também, as suas facetas múltiplas como locutor esportivo, redator, radialista, vereador. O presente trabalho aborda a obra de Ary Barroso, como compositor, particularmente, os sambas-exaltação, um gênero musical sofisticado e que apresenta características de grande sentimento ao Brasil. Nesse sentido, o objetivo geral deste estudo é apresentar uma análise dos sambas-exaltação do compositor Ary Barroso, mostrando traços de relato épico. Pesquisou-se, também, se a concepção musical dos sambas-exaltação pode ser compatível com o estilo do modernismo. Como suporte para o estudo das letras das músicas, utilizou-se o livro Canção popular no Brasil, de 2010, de Santuza Cambraia Naves, e O violão azul, escrito pela mesma autora, datado de 1998. Podem ser observadas características de relato épico como o uso de palavras repetidas, bem como de adjetivos veementes e do discurso direto. Ressaltam-se outras particularidades como a apresentação das músicas em estilo pomposo, com o uso de epítetos majestosos e o uso de tons de glorificação ao povo eleito como na epopéia. Os arranjos grandiloquentes, autenticamente nacionais como a estética desenvolvida por Villa- Lobos no início dos anos 30, mostram que o samba-exaltação concilia-o com o estilo do modernismo.