Padrões sazonais e anuais do fechamento e do particionamento do balanço de energia em uma área de Caatinga preservada sob condições de seca extrema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Suany Campos da
Orientador(a): Bezerra, Bergson Guedes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CLIMÁTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27593
Resumo: O fechamento do balanço de energia obtido pelo método de covariância de vórtices turbulentos é um problema que persiste, apesar dos avanços no desenvolvimento e aperfeiçoamento de instrumentos e recentes esforços nas descrições de correções e na caracterização das incertezas das medições. Na maioria dos lugares, a soma dos fluxos de calor sensível e latente (H e λE) é menor do que a energia disponível, isto é, a diferença entre a radiação líquida (Rn) e o fluxo de calor no solo (G). Este estudo analisou o comportamento anual e sazonal do particionamento e balanço de energia no Bioma Caatinga, floresta tropical sazonalmente seca, localizada no semiárido do Brasil, utilizando o método de covariância de vórtices turbulentos. Os resultados mostraram alta variabilidade sazonal no particionamento de energia. Durante a estação seca, aproximadamente 70% do Rn foi convertido em H e menos de 5% foi convertido em λE. Durante a estação chuvosa, a porção do Rn convertida em H e λE foi similar: ~ 40%. Em termos anuais, a porção do Rn convertida em H e λE foi da ordem de 50% e 20%, respectivamente. O grau do fechamento do balanço de energia variou dependendo do método utilizado. Quando o fechamento foi calculado por meio de regressões ortogonais, a inclinação variou de 0,87 a 0,90 em 2014 e de 0,92 a 1,00 em 2015. No entanto, quando o fechamento foi calculado pelo método da razão do balanço de energia, os valores variaram de 0,70 a 0,79 em 2014 e de 0,73 a 0,82 em 2015. Observou-se uma melhora pouca significativa no fechamento do balanço de energia quando se incluíram as taxas de armazenamento no cálculo. O fechamento foi melhor em 2015 se comparado a 2014 possivelmente devido à turbulência mais intensa observada em 2015, uma vez que velocidade de atrito foi maior que em 2014. O melhor fechamento em 2015 também pode estar associado a grandes turbilhões que foram mais frequentes em 2014, como evidenciado pelos coeficientes de correção para a velocidade vertical do vento e vapor de água e velocidade vertical do vento e temperatura sônica. O fechamento do balanço de energia também foi analisado considerando as condições de estabilidade atmosférica e os melhores resultados foram encontrados em condições muito instáveis, enquanto os resultados menos expressivos foram encontrados em condições estáveis. Nessas condições, valores negativos da razão balanço de energia também foram observados durante as estações seca e de transição, indicando que os fluxos foram revertidos durante esses períodos.