Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Edson Zeferino |
Orientador(a): |
Feitosa, Radegundis Aranha Tavares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54764
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Resumo: |
Apesar do talento inato, a proficiência musical depende de treinamento específico. Para a maioria dos músicos, a percepção auditiva, a habilidade motora instrumental e a cognição musical só se desenvolve após significativo investimento de tempo, além do esforço físico e mental. Acredita-se que esse investimento resulte em modificações de circuitos neurais associados ao aprendizado musical. Estudos recentes sugerem que o sono é fundamental para a consolidação de novos aprendizados. Entretanto, nenhum estudo avaliou a relevância do sono na formação de uma memória implícita, por exemplo, associada a execução de um instrumento musical. Assim, esta pesquisa busca avaliar a contribuição do sono para o aprendizado musical, neste caso, para o trompista, em dois momentos distintos. Primeiramente, utilizaremos um protocolo de treinamento técnico-interpretativo específico para trompistas. Os exercícios serão executados por dois grupos de voluntários, um que realizará o treinamento musical antes de dormir (sono noturno) e outro que o fará no período da manhã (após despertar). A performance musical será quantificada ao longo de três semanas de treinamento, sendo prevista para o estudo uma duração de aproximadamente 15 minutos por dia, avaliando os seguintes atributos: articulação, digitação e ritmo. A metodologia desta pesquisa configura-se pela realização das seguintes etapas: (1) revisão de literatura que relaciona música e neurociências, o treino musical e o sono; (2) composição de exercícios específicos para estudar e analisar os processos técnicos dos trompistas durante o treino musical e relacioná-los as diferentes respostas do instrumentista; (3) coleta de dados por meio da utilização do aplicativo ASR Recorder de aquisição de áudio no formato Waveform Audio File Format (WAV); e (4) análise dos dados obtidos, o pesquisador responsável pela pesquisa, por intermédio de sua escuta ativa, analisou cada um dos áudios dos fragmentos melódicos gravados e dispôs em uma planilha de porcentagem a redução dos erros de cada participante, levando em consideração a precisão da articulação, da digitação e do ritmo. Consequentemente, foi possível apresentar a curva de aprendizado motor de trompistas submetidos a regimes de treinamento em diferentes turnos, os que treinam pela manhã e os que treinam pela noite. Esperamos que nossos resultados possam contribuir para o desenvolvimento de estudos sobre as metodologias do treino musical, com vantagens para a performance musical, bem como enriquecer o campo interdisciplinar entre música e neurociências. |