Inibição do câncer de mama utilizando imunoterapia através de uma modelagem computacional quântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Tavares, Ana Beatriz Medeiros Lins de Albuquerque
Orientador(a): Albuquerque, Eudenilson Lins de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24746
Resumo: Quando ativado, o nosso sistema imunológico é capaz de reconhecer e destruir células tumorais pela ativação dos chamados pontos de verificação imunológicos, essenciais para evitar eventos autoimunes, criando barreiras para a ativação de células T e rejeição de tumores. Uma das principais vias de inibição é feita pela proteína PD-1, cuja ativação é explorada por vários tipos de tumores cancerígenos, sendo considerado hoje em dia uma abordagem terapêutica nova e importante para o tratamento do câncer em geral incluindo o câncer de mama. Vários anticorpos inibidores dos pontos de verificação imunológicos já foram aprovados pela US-FDA (United States - Food and Drug Administration) para interromper a interação do receptor PD-1 com os seus ligantes PD-L1 e PDL2, atenuando os sinais inibitórios e aumentando a resposta antitumoral.Entre eles, a droga pembrolizumab, um anticorpo inibidor do ponto de controle imune, está sendo amplamente utilizada para bloquear eficientemente um mecanismo protetor do tumor, estimulando as células T para atacar e destruir as células cancerígenas. Dentro deste contexto, o objetivo deste trabalho é descrever as energias de interação entre a proteína PD-1, o receptor de morte celular programado, e seu inibidor, o fármaco pembrolizumab, usando métodos de bioquímica quântica, considerando-se a estrutura cristalina da proteína PD-1 emcomplexo com seu inibidor. A energia de interação entre cada molécula de PD-1 e o fármaco foi calculada in silico através de abordagens quânticas, levando-se em conta resíduos de aminoácidos atrativos e repulsivos significativos. Foi observado poucas interações repulsivas, com forte predominância da contribuição atrativa, apontando para uma forte inibição do receptor PD-1. Além disso, foram analisados vários aspectos bioquímicos, especialmente àqueles relacionados aos pontos de verificação imune. Nossos resultados mostram que o método computacional usado neste trabalho é um primeiro passo, de baixo custo, para desvendar os resíduos de aminoácidos do fármaco que desempenham o papel mais importante na afinidade de ligação do complexo pembrolizumab / PD-1. Além disso, pode ser considerado uma etapa qualitativa para que a imunoterapia se torne uma das ferramentas padrão, levando ao desenvolvimento de novas e eficientes drogas farmacêuticas contra o câncer.