Análise da qualidade de vida e fatores de risco para a Síndrome de Burnout em profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paiva, Lucila Corsino de
Orientador(a): Oliveira, Ana Katherine da Silveira Gonçalves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23642
Resumo: As mudanças que tem ocorrido a nível mundial, nas organizações, nas relações políticas e sociais, têm provocado alterações no mundo do trabalho e gerado um forte impacto na saúde e qualidade de vida do trabalhador, a exemplo do estresse. Permitindo que os indivíduos tornem-se vulneráveis a Síndrome de Burnout, esta é caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e realização profissional. Nesse contexto, teve-se por objetivo geral analisar a qualidade de vida e os fatores de risco de burnout e verificar as possíveis associações entre as dimensões de burnout e os domínios da qualidade de vida apresentadas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Avaliou-se uma amostra de 436 profissionais em dois hospitais universitários da região Nordeste do Brasil, em um estudo transversal e descritivo com abordagem quantitativa. Procedeu-se a avaliação por meio da autoaplicação dos seguintes instrumentos: Inventário da Síndrome de Burnout, World Health Organization Quality of Life Bref e um questionário complementar abordando as variáveis sociodemográficas e do trabalho. Os dados obtidos foram analisados por meio da estatística descritiva e inferencial. Foram detectados que a maioria dos profissionais estudados apresentava baixa exaustão emocional, alta despersonalização e baixa realização profissional entre médicos e técnicos de enfermagem, entretanto, os enfermeiros expressaram alta realização profissional (p = 0,04 e 0,01). Verificaram-se associações, na classe dos enfermeiros, entre despersonalização e grau de formação; na classe dos técnicos de enfermagem (p = 0,04), exaustão emocional e as variáveis: grau de formação e local de trabalho, e entre despersonalização e sexo; e na classe médica, entre despersonalização e número de vínculos e realização profissional e grau de formação (p = 0,01). Verificaram-se associações entre a exaustão emocional e o domínio psicológico da qualidade de vida na classe de enfermeiros; entre a exaustão e os domínios psicológico e relações sociais em técnicos de enfermagem; e realização profissional e relações sociais na classe médica (p = 0,03). Pode-se observar que existem fatores peculiares do exercício dos profissionais de saúde que podem desencadear a síndrome nos profissionais investigados, bem como a influencia da síndrome na qualidade de vida desses trabalhadores. Sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas com esses profissionais, e que esses resultados podem contribuir para instrumentar a proposição de medidas preventivas quanto à saúde mental dos profissionais de saúde.