Prevalência da Síndrome de Burnout em profissionais da saúde que atuam na assistência hospitalar e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosa, Juliana Ferreira da
Orientador(a): Bonow, Clarice Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7479
Resumo: A Síndrome de Burnout é decorrente de experiência s negativa s entre o sujeito e o seu trabalho e costuma desenvolver se entre os profissionais cuja tarefa envolve o contato constante com outras pessoas e a prestação de um cuidado. A sua manifestação envolve três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e falta de realização com o trabalho. A justificativa desse estudo está pautada no fato de que o trabalho em saúde, especialmente no contexto hospitalar, envolve uma alta carga de tensão emocional, e as pesquisas sobre o Burnout nesses contextos, incluem especialmente os profissionais da medicina e da equipe de enfermagem, sendo que os demais profissionais da equipe multiprofissional não costumam ser incluídos nessas investigações. A partir daí, o objetivo desse estudo foi identificar a prevalência da Síndrome de Burnout em profissionais da saúde que trabalhavam na assistência de um hospital e identificar os fatores associados a esse desfecho Foi realizado um estudo transversal com uma amostra de conveniência composta por 209 profissionais que atuavam em um hospital universitário do Rio Grande do Sul . O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o parecer nº 2.629.427 . A coleta dos dado s aconteceu entre os meses de maio e outubro 2018 e os participantes foram convidados a responder um questionário auto aplicado contendo dados sóciodemográficos e ocupacionais além d o Maslach Burnout Inventory (MBIHSS ), que foi traduzido e validado para o contexto brasileiro . Esse instrumento é composto por 22 itens que avalia as três dimensões que envolvem a síndrome, sendo o mais utilizado para investigá la O critério de correção adotado para caracterizar o Burnout foi a pontuação de altos escores nas dimensões de exaustão emocional e despersonalização e baixo na realização profissional, conforme os pontos de corte do instrumento . A prevalência da síndrome na amostra estudada foi de 28,7% (n = 60) e os profissionais que tinham renda entre R$2500 R$5000 e que estavam em seu primeiro emprego apresentaram maior probabilidade ao distúrbio. Os achados sugerem que a prevalência da síndrome foi moderada. Além disso, entende se que a remuneração tem um papel importante na valorização do trabalhador , da sua atividade laboral e na sua realização enquanto profissional. Além disso, a inexperiência poder estar associada à dificuldade de lidar com os atravessamentos do trabalho em saúde, tornando o indivíduo mais vulnerável ao Burnout. Conclui se a necessidade de investir em estratégias de prevenção e enfrentamento do Burnout centradas no indivíduo e no trabalho. Também seria pertinente que os trabalhadores, desde o seu ingresso no hospital e ao longo das suas atividades, pudessem ter um acompanhamento pontual do setor de psicologia do trabalho e das chefias dos setores em que atuam, a fim de facilitar a sua adaptação à rotina e o enfrentamento das dificuldades que possam surgir ao longo do processo de trabalho.