Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Julliany Taverny |
Orientador(a): |
Pinto, Leão Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49857
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Resumo: |
O carcinoma epidermoide oral (CEO) é uma neoplasia maligna de patogenia complexa, já a displasia epitelial oral (DEO) é uma entidade que, na dependência de sua evolução, exibe riscos de transformação maligna para o CEO. A expressão alterada de genes supressores tumorais e proteínas reguladoras do ciclo celular apresentam relação com a etiopatogênese de diferentes cânceres. Entre os genes supressores tumorais destaca-se a família de inibidores de crescimento (inhibitor of growth - ING), que impedem o crescimento celular descontrolado. Dentre as proteínas reguladoras do ciclo celular podemos citar a Ciclina D1, que atua na progressão da fase S para a fase G1, permitindo a proliferação celular. O objetivo do presente estudo foi analisar a imunoexpressão das proteínas ING3 e Ciclina D1 em 28 espécimes de DEO e 25 de CEO localizados em língua, bem como avaliar morfologicamente e reclassificar as lesões segundo os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além de modelo binário (Kujan et al. 2006), para DEO, e modelo buds-depth of invansion (BD) (Almagunsh et al. 2015) para CEO. A imunoexpressão das proteínas foi analisada de forma quantitativa, considerando a localização celular (citoplasmática e/ou nuclear para ING3 e nuclear para Ciclina D1) presentes no componente epitelial. A expressão das proteínas foi comparada entre os dois grupos de lesões, bem como com os parâmetros clínico-patológicos das lesões estudadas, através dos testes estatísticos Mann-Whitney (U) e teste de correlação de Spearman adotando um nível de significância de 5% para todos os testes considerando o valor de p ≤ 0,05. Dos 28 casos de DEO analisados 53,6% apresentaram-se como lesões de alto risco segundo o modelo binário, assim como dos 25 casos de CEO analisados foram considerados escores de alto risco (48%) de acordo com o modelo BD. Não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre as variáveis morfológicas das lesões estudadas e as características clínicas (p>0,05). Com relação a expressão de Ciclina D1, esta foi significativamente maior em DEO quando comparada aos casos de CEO (p<0,05). A expressão de ING3 núcleo-citoplasmática foi significativamente menor nos casos de CEO, quando comparada aos casos de DEO (p<0,05), já a expressão de ING3, restrita ao citoplasma, foi maior nos casos de DEO, quando comparadas aos casos de CEO (p<0,05). Os resultados do presente estudo sugerem que a expressão das proteínas não tem relação com as gradações das lesões, porém, há notável diminuição da expressão nuclear de ING3 conforme a progressão maligna, indicando função supressora tumoral alterada desta proteína em DEO e CEOs. Destacamos, ainda, o aumento da expressão de Ciclina D1 em DEOs, mostrando que as lesões detêm uma taxa de proliferação celular significativa. |