Controle da dengue através da estratégia de liberação de Aedes Aegypti geneticamente modificados: avaliação de impacto a partir do método de controle sintético

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Queiroz, Jéssica Dalliane Gomes
Orientador(a): Sampaio, Raquel Menezes Bezerra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28230
Resumo: A dengue é uma doença considerada viral e que se espalha mais rapidamente no mundo. O combate à proliferação de seu transmissor, o Aedes aegypti representa uma problemática complexa não só no Brasil, mas ao redor do mundo. Diante da persistência do problema, resultante da ineficiência de métodos convencionais, alguns municípios têm adotado estratégias inovadoras de controle biológico do Aedes aegypti. Dentre elas, destaca-se a liberação de uma linhagem de mosquitos machos geneticamente modificados, (batizada de OX513A), desenvolvida pela empresa Oxitec, na qual os descendentes do acasalamento entre os mosquitos transgênicos e os selvagens herdam um gene letal e não sobrevivam a vida adulta. A estratégia já foi adotada pelos municípios de Juazeiro/BA, Jacobina/BA, Piracicaba/SP, Juiz de Fora/MG e Indaiatuba/SP. No presente estudo, buscou-se avaliar o impacto desta estratégia na incidência de dengue nos três primeiros municípios a receber o tratamento no Brasil. Para isso, aplicou-se a metodologia do controle sintético de Abadie e Gardeazabal (2003) que permite a construção de um contrafactual para os municípios tratados por meio da ponderação ótima de municípios que não adotaram tal estratégia. Utilizou-se como variável de interesse as notificações de casos de dengue por semestre dos municípios brasileiros e como preditores foram utilizados o índice de desenvolvimento humano (IDH), densidade demográfica e abastecimento de água. Esses dados foram, respectivamente, extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), site do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Os resultados mostram que não foi possível detectar impacto para a estratégia de liberação de mosquitos nos municípios analisados. Para avaliar a robustez desse resultado, utilizou-se o modelo de controle sintético de Brodersen et al. (2015) que confirmaram os resultados anteriores.