Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Rogério Alves dos |
Orientador(a): |
Magalhães, Rita de Cássia Barbosa Paiva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24438
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Resumo: |
No século XXI, apesar do discurso da educação especial em perspectiva inclusiva, processos de estigmatização e de segregação ainda constituem práticas presentes nas instituições escolares brasileiras, sobretudo, quando se trata de alunos(as) com Deficiência Intelectual (DI). Em uma abordagem inclusiva, tais alunos(as) inseridos(as) em escolas regulares demandam modificações e reordenamentos didático-pedagógicos e atitudinais. Assim, a investigação proposta nesta dissertação procurou compreender, a partir das histórias de vida e escolar de jovens com DI, como suas trajetórias escolares reverberaram na autoimagem, considerando a relação entre a interface estigma, identidade e DI. O estudo teve como objetivo analisar como as experiências escolares de jovens com DI interferem na formação da sua identidade. Participaram da investigação três jovens com diagnóstico de DI e suas respectivas tias/mães. A metodologia empregada seguiu a abordagem qualitativa, norteada pelo método de história oral de vida. Na construção de dados, foi utilizada a entrevista recorrente, o que permitiu apreender os sentidos atribuídos à vida escolar pelos sujeitos da pesquisa. Organizamos as categorias da seguinte forma: a) trajetórias escolares e de vida; b) concepções de si e experiências de socialização na escola regular; c) processos de escolarização na escola regular. A análise dos dados permitiu compreender os tipos de experiências com o estigma que os estudantes com DI estão vivenciando no contexto escolar, ampliando consideravelmente os conhecimentos acerca da maneira como o processo de inclusão de pessoas com DI está sendo realizado, seus avanços e limitações no que diz respeito à garantia da socialização e escolarização na escola regular. Verificamos, com o estudo, que a escolarização de pessoas com DI inseridas em salas regulares, nos últimos anos do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, ainda é marcada pela precarização dos processos de inclusão, pela não aceitação e estabelecimento de contatos mistos não recíprocos, reforçando o estigma da não aprendizagem e desenvolvimento dos(as) alunos(as) com DI, bem como a crença de que a escola regular não é o lugar deles. Uma das lições desta dissertação é a necessidade da criação de um ambiente escolar menos restritivo para os(as) alunos(as) com DI, possibilitando a construção das identidades sem limitá-las e condicioná-las a um suposto rótulo, considerando a multiplicidade de atributos e potencialidades que devem ser efetivamente desenvolvidas no decurso da vida escolar, criando novos significados sobre o que é deficiência intelectual no cotidiano escolar. |