Memória imaginativa nas lembranças de Erico Veríssimo: uma leitura de Solo de Clarineta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Raimundo Paulino da
Orientador(a): Gomes, Ana Laudelina Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30840
Resumo: A presente pesquisa tem a finalidade de observar lembranças da autobiografia Solo de Clarineta do escritor brasileiro Erico Verissimo (1905-1975) buscando refletir sobre as articulações entre memória e imaginação criadora. Para dar conta da investigação, formulei a seguinte pergunta de partida: o que é possível dizer da memória autobiográfica de Erico Verissimo tendo Solo de Clarineta como balizador? Falar não do conteúdo das memórias somente, mas do modo como elas operam. Parti do pressuposto que se trata de uma poética memorial autobiográfica no sentido de que ela é um pouco ficcional pois também do imaginário poético do escritor memorialista. Quanto aos objetivos, o objetivo geral consistiu em refletir sobre as lembranças da autobiografia Solo de Clarineta buscando identificar as articulações entre memória e imaginação criadora. Como objetivos específicos, sublinhei: a) identificar em Solo de Clarineta elementos que possam visualizar Erico Verissimo em vida e obra, além de trazer alguns elementos históricos mínimos do tempo em que ele viveu e escreveu sua obra e essa autobiografia em especial; b) observar lembranças de Verissimo que remetem a conteúdos oníricos, articulando memória e imaginação criadora. O referencial teórico-metodológico para pensar as memórias de Erico Verissimo enquanto poética autobiográfica se amparou principalmente nos estudos da complexidadade, na filosofia estética de Gaston Bachelard em estudos do imaginário de Jean-Jacques Wunenburger, em estudos de Psicologia Arquetípica de James Hillman, além de comentadores e estudiosos da imaginação literária, nomeadamente de minha orientadora Ana Laudelina Ferreira Gomes, meu coorientador Ozaías Batista e da professora Karlla C. de Souza, todos com alguma vinculação ao Grupo de Pesquisa Mythos-Logos do PPGCS/UFRN, ao qual me integrei ao longo do percurso desse mestrado. Ademais, para chegar aos remates finais de um solo poético de clarineta, digo que é como Solo de Clarineta e como solo de chão que Verissimo é imaginado pelas imagens de sua autobiografia. De fato, mesmo acompanhado, o percurso de cada um na Terra é sempre solo, pois singular e com sua tônica própria. No caso de Verissimo, pelo título desse livro de memórias, sua tônica singular é musical. Isso é um pouco do que ele me ajuda a dizer através de sua poética de vida observada em suas memórias autobiográficas.