Fase lunar e comportamento de Eretmochelys imbricata (LINNAEUS, 1766) no Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nakamura, Milena Felix
Orientador(a): Corso, Gilberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25819
Resumo: Alguns animais percebem as mudanças ocasionadas pelos ritmos ambientais e sincronizam os seus ciclos biológicos a fim de aumentar as chances de sobrevivência e/ou aumentar seu sucesso reprodutivo. Neste trabalho foi analisado os comportamentos de desova em relação ao tipo de fase lunar da tartaruga de pente no litoral Sul do Estado do Rio Grande do Norte. Os registros foram provenientes dos monitoramentos noturnos e diurnos do TAMAR-RN, ocorridos nas temporadas reprodutivas de 2006/2007 a 2015/2016. As dez estações reprodutivas apresentaram número total de registros de 4807, e dentre estes, os registros com presença de horário do flagrante foi 1301. As temporadas analisadas apresentaram picos de registros mensais ocorrendo nos meses de janeiro a março. Os horários de maior frequência de indivíduos flagrados na praia ocorreu entre 20-22hs. Em relação a visibilidade lunar no momento das ocorrências do processo de nidificação, os registros do tipo “com desova” (CD) foram observados em maior quantidade no momento em que não houve presença da lua no céu, enquanto que “meia-lua” (ML) e “sem desova” (SD) ocorreram de forma homogênea, sem relação aparente com a visibilidade da lua no céu. O número de registros de espécimes na praia perdurou de forma heterogênea em todas as fases lunares, apresentando maior frequência de registros durante a lua crescente e minguante comprovadas pelo teste de Kuiper. Observou-se que a frequência mínima ocorreu especificamente durante os dias de lua cheia e lua nova. O intervalo internidal da espécie Eretmochelys imbricata é de aproximadamente metade do ciclo lunar. O cálculo do ângulo lunar para tartarugas remigrantes constatou a ausência de preferência para a desova nas mesmas fases lunares ao longo de várias estações.