Evidência de retardo no pico de desova da tartaruga de pente na costa sul do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Gabriel César dos Santos
Orientador(a): Lima, Gustavo Zampier dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25693
Resumo: O estudo de alterações no padrão comportamental de tartarugas marinhas é de fundamental importância para a conservação das espécies. A Eretmochelys imbricata, popularmente conhecida como tartaruga-de-pente, é considerada, segundo a lista vermelha da (IUCN), um animal com alto risco de extinção (criticamente ameaçada) tanto no Brasil quanto no exterior. O objetivo deste estudo foi comparar os picos de desovas, ao longo das estações de oviposição, por um período de dez anos de coleta de dados. Neste trabalho foram realizadas análises que evidenciam diferenças no período de desova da (E. imbricata) observadas no litoral sul do Rio Grande do Norte (RN). Foi analisado a base de dados (2006 a 2016) para avaliar se há um deslocamento temporal do pico (período) de desova da E. imbricata. Os registros de desova computados diariamente dentro de cada estação são visualizados como um histograma de distribuição diário de desovas. Com o intuito de suavizar os dados para realizar uma melhor análise estatística, foi feita a soma cumulativa dos dados. Um ajuste usando a curva logística foi realizado sobre a soma cumulativa. Com base na função taxa de variação de desovas (derivada) calculada pela função soma cumulada e um ajuste Gaussiano, foi estimado o dia de máxima ocorrência de desova para cada estação. Foi observado uma correlação significativa entre os picos de ocorrências e as estações de desova. Pelo teste de Pearson obtive-se os dados estatísticos (R=-0.70; df=8; p=0,024). O coeficiente angular, calculado do ajuste linear dos dados, evidenciou um retardo de aproximadamente 1,2 dias por ano, com erro de ± 4,4, ao longo do período estudado. Os dados apresentados indicam a correlação entre a alteração do período de desova (descolamento temporal) com as prováveis variações de recursos e com as alterações ambientais globais em função das mudanças climáticas.