Paisagem, comunidade e território: diálogos de saberes e mapeamento participativo em Baía Formosa (RN)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Soares, Larícia Gomes
Orientador(a): Farias, Juliana Felipe
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58031
Resumo: O município de Baía Formosa, localizado no estado do Rio Grande do Norte, apresenta problemas socioambientais e conflitos ligados ao uso dos seus recursos naturais. A utilização diversa de cada porção do território por diferentes agentes, especialmente na última década, ressalta mudanças, impactos e conflitos nessa área. Diante desse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo elaborar o mapeamento participativo do município, ressaltando potencialidades e problemas/limitações, por meio da leitura da paisagem e do uso diverso dos recursos naturais presentes no território. Para isso, três núcleos são focos nesta análise enquanto grupos participantes do estudo: agentes representativos da sede urbana e dos distritos Pituba e Vila da Usina; a comunidade indígena Sagi Jacu, e o núcleo representativo de pescadores. Quanto ao aporte téorico-metodologico, a pesquisa tem como bases principais a Geoecologia das Paisagens e Cartografia Social, onde se destacam autores como Farias (2012, 2015), Rodriguez e Silva (2018), Acselrad e Coli (2008), Gorayeb, Meireles e Silva (2015), Costa (2016, 2021), entre outros. Em termos metodológicos, o estudo se pauta em quatro fases inerentes à Geoecologia das Paisagens, que foram adaptadas para a pesquisa, são elas: fase de organização e inventário, fase de análise, fase de diagnóstico, e fase propositiva, as quais, ocorrem alinhadas à tríade da Cartografia Social: investigação-ação-participação. Como resultado, foi realizado o mapeamento participativo social da sede urbana do município, assim como, do distrito Pituba, Sagi, Vila da Usina e aldeia Sagi Jacu, todos com ênfase nas potencialidades e problemas identificados nas localidades, além da elaboração coletiva de propostas de mitigação e melhores usos dos recursos naturais. Ademais, foi produzido um mapa social de pesca, ressaltando essa atividade tradicional que marca a história de município. Desse modo, o mapeamento participativo de Baía Formosa não se apresenta apenas como uma ferramenta técnica, mas sim, um processo que promove a conexão entre a comunidade e seu território, conhecimento científico e os saberes tradicionais. Portanto, espera-se que as análises e produtos advindos da pesquisa possam auxiliar o município, a compreender e investir em suas potencialidades respeitando suas limitações, mitigando problemas e conflitos, com o fim de conquistar uma relação entre atividades humanas e capacidade de suporte do meio mais harmônica e compatível com a realidade local.