Efeitos da incorporação de areia reciclada de resíduos de construção e demolição (RCD) em argamassas mistas de revestimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferreira, Ruan Landolfo da Silva
Orientador(a): Nóbrega, Andreza Kelly Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23447
Resumo: O processo de construção, reforma e demolição, pode ocasionar significativos problemas ao meio ambiente, devido a extração de matérias primas e a destinação inadequada dos resíduos gerados. Em especial os resíduos de construção e demolição (RCD) que, comumente correspondem a mais da metade dos resíduos sólidos urbanos, tem como principais destinos, terrenos baldios, margens de estradas e rios, acarretando sérios impactos ambientais, sociais e econômicos. Atualmente, a reutilização de agregados reciclados (AR), especialmente de composição mista, é estudada em menor grau, quando comparado aos AR de concreto. Com isso, por não possuir alternativas para sua utilização, uma grande quantidade desse tipo de AR é armazenada pelas usinas. Nesse sentido, buscou-se analisar a viabilidade técnica e econômica da utilização de AR com diferentes composições granulométricas e em condição lavada, à níveis de substituição de 25, 50, 75 e 100% do agregado natural (AN), na produção de argamassas mistas de revestimento. Para a produção das argamassas, utilizou-se cimento CP II Z-32, cal CH-I e uma proporção em volume de 1:1:6, cujo teor de água foi determinado para as misturas alcançarem uma consistência de 260 mm. Inicialmente, analisou-se as propriedades físicas, químicas, mineralógicas e microestruturais dos agregados e da fração de finos (<0,15 mm). Buscando avaliar a viabilidade técnica das argamassas foram caracterizadas no estado fresco, por meio dos ensaios de consistência, retenção de água, densidade de massa e teor de ar incorporado. E no estado endurecido, a resistência à compressão, resistência à tração na flexão, módulo de elasticidade dinâmico, absorção por capilaridade, absorção por imersão, resistência de aderência e fissuração. Foi utilizado o custo para produzir 1 m³ de argamassa visando avaliar a viabilidade econômica. Constatou-se, que as argamassas com AR, independentemente de sua composição granulométrica ou condição, apresentaram maior consumo de água, menor densidade de massa e teor de ar incorporado, assim como adequada capacidade de retenção de água. No estado endurecido, as argamassas que possuíam AR com a presença de finos, apresentaram maior resistência, maior módulo de elasticidade e menor porosidade e permeabilidade. No entanto, o desempenho dos revestimentos frente ao potencial de aderência ao substrato e a quantidade de fissuras, foi inferior, confirmando a premissa de que a utilização de AR com finos não é indicada para a produção de argamassas de revestimento. Quanto a viabilidade econômica, ao incorporar o AR, o custo para produzir 1 m³ de argamassa diminui. No entanto, admite-se que é viável a utilização de AR para a produção de argamassas de revestimento, especialmente quando se dispõe de agregados com adequada composição granulométrica, isentos de finos e em condição lavada.