Escrever um sertão: memória e etnografia em Oswaldo Lamartine de Faria (1945-2005)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Medeiros, Eduardo Kleyton de
Orientador(a): Santos, Evandro dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DOS SERTÕES
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49685
Resumo: A presente pesquisa debruça-se sobre a obra de Oswaldo Lamartine de Faria (1919 – 2007), escritor consagrado no universo letrado do Rio Grande do Norte, e que entre 1945 e 2005 dedicou-se ao estudo e à escrita sobre o mundo rural, especialmente o sertão do Seridó, construindo uma obra de gêneros textuais variados e com significativas marcas autobiográficas. A análise do discurso que operamos sobre seus ensaios e na escrita de si, principalmente em suas entrevistas e correspondências publicadas, permitiu empreender o exame de determinada concepção sobre o sertão do Seridó por ele construída ao longo do século XX, privilegiando os modos como no texto se manifestam sua experiência com o tempo e o espaço que põe em prática. Assim, no primeiro capítulo, abordamos os pressupostos existenciais que estruturam o saber histórico efetivamente usado pelo sertanista em sua leitura do sertão (RICOEUR, 2007). No segundo capítulo nos dedicamos à análise dos procedimentos de pesquisa e escrita que conformam a etnografia posta em prática pelo autor (CERTEAU, 1998). Por fim, consideramos que o sertanista faz usos deliberados do passado para, de maneira questionável, investir na consolidação de uma memória acerca de uma dominação política sobre o sertão do Seridó.