A paisagem nordestina no filme "O Céu de Suely": uma análise de espacialidades no cinema contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Batista, Manoel Meirelles Amorim
Orientador(a): Silva, Josimey Costa da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23453
Resumo: A presente pesquisa se propõe a analisar a paisagem nordestina construída no filme “O Céu de Suely”, dirigido por Karin Aïnouz em 2006. Considerando que a paisagem é uma construção do olhar humano em direção a uma dada região espacial, e que esse olhar organiza e seleciona os dados da realidade a partir das referências prévias subjetivadas e do imaginário de cada observador, exploramos a representação da paisagem nesse filme por meio da análise fílmica preconizada por Jacques Aumont (2004), acrescida de uma abordagem plurimetodológica que agrega concepções da paisagem atinentes a diversos campos das humanidades como arte, geografia, história e literatura. Primeiramente, a construção da paisagem nordestina foi examinada em sua correlação com outros filmes do cinema contemporâneo e de períodos anteriores do cinema nacional. Em seguida foram investigados diferentes aspectos da paisagem no filme escolhido para ser objeto empírico desta pesquisa, como sua produção, roteiro, equipe técnica, orçamento e locações, bem como averiguamos como se formou o olhar do diretor em relação a essas espacialidades, por meio do levantamento de dados profissionais e biográficos, que ajudaram a entender suas referências prévias subjetivas. Com esse aporte teórico, a análise em específico do filme foi direcionada por três chaves de leitura selecionadas, sendo elas o céu, o sertão e a mulher. Tais chaves potencializaram as reflexões sobre a paisagem referenciadas por pontos de adensamento simbólico e marcadores espaciais, sendo examinadas as funções e peculiaridades que a paisagem assume nessa narrativa, tendo funcionalidades além da mera descrição espacial, apontando fortes evidências de que ela pode impulsionar a narrativa, refletir estados subjetivos dos personagens, ou até funcionar como antagonista em certos momentos. Em “O Céu de Suely” a paisagem constitui exemplo das novas tendências no cinema nordestino, as quais trazem para o foco as transformações, a diversidade e atualizações que ocorrem nessas espacialidades, e permitem assim, a incorporação de elementos urbanos, globalizados, transculturais a essas construções espaciais.