Frequência de β-lactamases dos grupos tem, shv, ctx-m e kpc produzidas por enterobactérias isoladas no estado do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ansaldi Júnior, Miguel Angel
Orientador(a): Motta Neto, Renato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
KPC
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22798
Resumo: A resistência bacteriana é um problema de saúde pública crescente em todo o mundo e a disseminação dos genes de resistência aos antimicrobianos compreende uma preocupação recorrente. Diante dessa realidade alarmante, a família Enterobacteriaceae figura como um dos protagonistas em nosso país não só pela frequência com que seus representantes são isolados, mas também pela evolução no que tange a resistência ao antimicrobianos, prinicipalmente quando direcionada aos β-lactâmicos pela produção enzimática de β-lactamases de espectro ampliado (ESBLs) e carbapenemases. Para o controle e tratamento adequado do paciente, dados locais são fundamentais, e pensando nisso optou-se em realizar um estudo inédito no estado do Rio Grande do Norte, cujo objeto principal foi avaliar a ocorrência de β-lactamases de espectro estendido (ESBL) e carbapenemases do tipo KPC em enterobactérias obtidas de amostras clínicas oriundas de três centros de referência em saúde. Foram coletadas duzentas enterobactérias oriundas de diversos sítios biológicos durante o período compreendido entre abril de 2012 e agosto de 2013 e submetidas em laboratório a provas bioquímicas manuais para identificação das espécies, análises fenotípicas confirmatórias (técnica de disco aproximação de Jarlier e teste de Hodge modificado) e moleculares para a identifiação dos genes de resistência blaTEM, blaSHV, blaCTX-M e blaKPC. Dessas enterobactérias, 73 (36,5%) foram confirmadas como produtoras de ESBL, das quais mais da metade pertenceram as espécies Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. Outras espécies menos frequentes como Enteroboacter cloacae, Enterobacter aerogenes, Citrobacter freundii, Providencia stuartti também expressaram o mesmo fenótipo. As análises moleculares através de PCR indicaram que 87,5% dos 73 isolados fenotipicamente confirmados como ESBL albergavam o gene blaCTX-M, 43% amplificaram o gene blaSHV, 37,5% o gene blaTEM. Quanto a produção de carbapenemases, 7 (9,5%) foram positivas para o teste de Hodge Modificado (MHT), todas pertencentes a espécie Klebsiella pneumoniae, porém apenas 5 delas confirmaram a presença do gene blaKPC. Mais de 50% das enterobactérias multiresistentes albergaram os genes blaESBL de forma associada. Vinte e seis espécimes de Escherichia coli (8) e Klebsiella pneumoniae (18) positivas para o gene blaCTX-M (mais prevalente) foram submetidas a análises de similaridade através da técnica de Eletroforese em Gel de Campo Pulsado (PFGE) e isolados com coeficiente de Dice superiores ou iguais a 80% foram considerados clonais. Foram encontrados cinco perfis de PFGE para as cepas de E.coli doze perfis de PFGE para as cepas de K.pneumoniae.. Espera-se que esses resultados possam ser ampliados e utilizados como referência a nível estadual, prevenindo a dispersão dessa resistência e que sirva também como mais um dado nacional para a construção de um perfil mais fidedigno no que diz respeito à epidemiologia desse mecanismo de resistência.