Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Dias, Vanessa Cordeiro
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Orientador(a): |
Diniz, Cláudio Galuppo
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Banca de defesa: |
Santos, Simone Gonçalves dos
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Coelho, Cintia Marques
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2525
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Resumo: |
As infecções do trato urinário (ITU) são manifestações freqüentes na população, geralmente causadas por bacilos Gram-negativos. As β-lactamases são enzimas bacterianas que conferem resistência aos antimicrobianos do tipo β-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, aztreonam e carbapenêmicos). A produção de β-lactamases de Espectro Estendido (ESBL) tem sido descrita como um importante mecanismo de resistência aos β-lactâmicos. De maneira geral, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae são as espécies bacterianas mais comumente encontradas produzindo ESBL, embora a detecção dessas enzimas já tenha sido observada em diversos gêneros dentro da família Enterobacteriaceae. O objetivo deste estudo foi avaliar os perfis de susceptibilidade a antimicrobianos e correlacionar os testes fenotípicos com a detecção de marcadores genéticos para produção de β-lactamases dos tipos ESBL, AmpC e KPC em enterobactérias associadas à etiologia de ITUs em pacientes atendidos em um Laboratório de Análises Clínicas da cidade de Juiz de Fora, MG. Para o estudo restrospectivo (20012008), 66.660 isolados de urina com suspeita de ITU foram analisadas, e após a identificação bioquímica, as linhagens de enterobactérias foram submetidas a testes de susceptibilidade aos antimicrobianos, pelo método de disco-difusão, de acordo com as normas do Clinical and Laboratory Standards Institute/CLSI. A detecção fenotípica da produção de ESBL foi feita através do teste de aproximação dos discos. Para o estudo prospectivo (2009), 12.304 amostras com suspeita de ITU foram avaliadas, e após a identificação bioquímica das linhagens, foram feitos os testes de susceptibilidade aos antimicrobianos e o teste de aproximação dos discos, para a detecção fenotípica da produção de ESBL. A identificação dos marcadores de β-lactamase (SHV, TEM, CTX-M, AMPc e KPC) foi feita por reação em cadeia da polimerase (PCR). De 416 linhagens produtoras de ESBL entre 2001- 2008, E. coli foi a mais freqüente (74,4%). Altos níveis de resistência foram obtidos para sulfazotrim, gentamicina e ciprofloxacina neste período. Todas as linhagens foram sensíveis ao imipenem. No estudo prospectivo, 105 linhagens produtoras de ESBL foram isoladas, sendo E. coli a mais freqüente (63%). Foi observado um alto índice de resistência a amoxacilina-clavulanato (80,8%), e aproximadamente 70% das amostras foram resistentes à associação trimetoprim/sulfametoxazol e as fluoroquionolonas (ciprofloxacina e ácido nalidíxico). Dentre as drogas utilizadas como substrato para detecção de ESBL, a cefotaxima foi o substrato com maior índice de resistência (86,6%), seguido de aztreonam (60,9%) e ceftazidima (55,2%). Entre as 105 linhagens recuperadas, todos os marcadores genéticos pesquisados para ESBL foram detectados. Considerando-se a freqüência de detecção dos marcadores genéticos, TEM foi o mais frequente (86,6%), seguido por SHV (59%), CTX-M (31,4%) e AMPc (27,6%). Em todas as linhagens bacterianas avaliadas, foi detectado pelo menos 1 dos marcadores genéticos associados à produção de β-lactamases (22,8%), 52,4% apresentaram 2 marcadores, 20% apresentaram 3 marcadores e 4,8% apresentaram 4 dos marcadores pesquisados. β-lactamases do tipo KPC não foram detectadas. O conhecimento da epidemiologia, dinâmica de disseminação e circulação destes marcadores genéticos de resistência a drogas constitui um dado clínico relevante, pois possibilita a instauração de uma terapia antimicrobiana mais adequada, bem como a construção de um banco de informações epidemiológicas, como ferramenta para contenção da expansão da disseminação dos genes de resistência aos antimicrobianos β-lactâmicos. |