Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Marcelino, Henrique Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21539
|
Resumo: |
Esta tese foi realizada com o objetivo geral de desenvolver e a caracterizar nanocarreadores com potencial para sobrepujar as propriedades biofarmacêuticas não-favoráveis da anfotericina B (AmB), uma molécula extremamente eficaz no tratamento de infecções sistemicas fungicas e leishmaniose, mas difícil de formular independentemente da via de administração desejada. Acredita-se que essa molécula hidrofóbica possui limitações devido a pronunciada tendência de agregar sob condições fisiológicas humanas. A primeira parte desta tese foi conduzida pela hipótese de que o estado de agregação da AmB teria um forte impacto sobre as propriedades farmacocinéticas da mesma. Por tal razão, complexos de albumina e amB foram produzidos de forma a controlar o estado de agregação da AmB. A estrutura dos coloides obtidos foi caracterizada através de ensaios de espectroscopia UV-Vis e dicroismo circular. Adicionalmente, o impacto do estado de agregação na permeabilidade intestinal e no possível reconhecimento dos agregados pelo sistema imunológico foram investigados. A segunda parte deste trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de micro- e nanocarreadores para sobrepor as barreiras para absorção da AmB após a sua administração pela via oral. Para este fim, AmB foi incorporada em micro- e nanoemulsões para observação da habilidade destes sistemas de incrementar a permeabilidade intestinal de moléculas. Tal habilidade foi avaliada através do método ex vivo de Câmaras de Ussing, onde o tecido intestinal é utilizado como barreira entre duas semi-câmaras. Nenhuma permeação foi detectada nas condições experimentais utilizadas. No entanto, os dados obtidos através da medidas eletrofisiológicas demonstraram que a velocidade da perda da viabilidade do tecido é dependente do estado de agregação da AmB em contato com o tecido. Também foi observado, através dos ensaios de permeabilidade que as rotas de absorção paracelular e transcelular devem ser rotas marginais quando a absorção da AmB é observada in vivo, como descrito na literatura. Como alternativas, as rotas de absorção pela captura de agregados e partículas pelas placas de Peyer e a rota de absorção linfática têm sido discutidas. Finalmente, um otro sistema particulado que objetiva a liberação em nível de colón e baseada na utilização da xilana, um biopolímero natural e enzimaticamente degradado. A xilana é polissacarídeo presente em grãos, cereais e plantas angiospermas que é especificamente degradado na região colônica, especificamente pela microbiota lá presente. A técnica aplicada de forma original consiste na formação de uma emulsão água-água de xilana em presença de PEG, seguida por uma etapa de reticulação com o trisódio trimetafosfato. Através da aplicação desta técnica foi possível produzir partículas à base de xilana que podem ter seu tamanho médio, de forma controlada, variado entre 380 nm e 4.5 μm, de acordo com os parâmetros utilizados. Esta técnica também é livre do uso de solventes orgânicos e possui potencial aplicação para a liberação controlada de AmB em nível de colón. |