Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Dênis Carlos da |
Orientador(a): |
Locatel, Celso Donizete |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19696
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Resumo: |
A produção sucroalcooleira consiste na principal atividade produtiva do estado de Alagoas, abrigando uma estrutura composta por 25 unidades de produção que representa a base econômica de mais da metade dos seus municípios, se constituindo no maior produtor do setor sucroalcooleiro do Norte-Nordeste, exportando seus produtos para países de diferentes continentes. Nesse sentido, buscou-se no presente trabalho, compreender a configuração do circuito espacial de produção sucroalcooleira em Alagoas a partir do uso do território, analisado à luz dos eventos mais significativos relacionados ao setor e, ainda, o conjunto de normas estabelecidas pelo Estado, através de órgãos, a exemplo do Instituto do Açúcar e Álcool (IAA), e de programas como o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), dentre outros, que possuíam a função de estruturar e carrear recursos para o setor sucroalcooleiro. Observou-se que os investimentos realizados proporcionaram uma renovação das técnicas abrigadas no arcabouço produtivo sucroalcooleiro. Inicialmente, com a substituição dos engenhos pelas usinas e, posteriormente, o aperfeiçoamento do processo agrícola e fabril com maior aproveitamento dos subprodutos, além da integração produtiva das instâncias, especialmente com a produção de açúcar, álcool e geração de energia, intensificando uma maior participação do estado na divisão internacional do trabalho, conferindo-lhe uma estrutura organizacional segmentada pelos grandes agentes hegemônicos desse processo. Dessa forma, a configuração geográfica sucroalcooleira até então existente no território alagoano, foi reestruturada e o circuito, cada vez mais, passa a constituir movimentos multiescalares, subsidiados pelos círculos de cooperação. Contudo, tal configuração demonstrou-se subserviente ao mercado mundial, o que cada vez mais condiciona a adoção de práticas hegemônicas que se distanciam das vivências e projetos locais. A verticalidade imposta disponibiliza uma configuração que não lhe é peculiar, que apenas serve para responder aos comandos dos grandes agentes hegemônicos, caracterizando a continuidade do processo capitalista vigente. Ou seja, as empresas sucroalcooleiras usam corporativamente o território como recurso para obter mais lucratividade e assim dominar o maior número de mercados consumidores |