Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Igor Rasec Batista de |
Orientador(a): |
Azevedo, Francisco Fransualdo de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50061
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Resumo: |
O circuito espacial da produção têxtil expressa capilaridade por praticamente todo o território nacional. Em termos de distribuição espacial da atividade, destacam-se a Região Concentrada que, conforme sugere a própria nomenclatura, apresenta a maior densidade técnica e concentração de firmas, acompanhada da região Nordeste. Nesta, a topologia do circuito espacial têxtil apresenta peculiaridades, em especial após a notável proliferação ocorrida, sobretudo, nas últimas duas décadas - salientando, todavia, que essa expansão não é nada recente e carrega marcas advindas de sobressaltos enfrentados ao longo de sua evolução histórico-espacial. Assim, o trabalho em tela analisa o circuito espacial da produção têxtil no Nordeste brasileiro, a partir de suas especializações produtivas e das contradições expressas pelo uso corporativo do território, em se tratando das dimensões da técnica, do capital e do trabalho. Diante da problematização esboçada na presente tese, conjectura-se que esse circuito espacial produtivo, no recorte estabelecido, se materializa através de especializações territoriais que são coordenadas por um uso corporativo de caráter extravertido, cujo controle é exercido externamente por dispositivos de apropriação do processo de circulação do capital, bem como de alienação do processo produtivo. Esses dispositivos de acumulação do capital coadunam formas e normas, dentre as quais se destacam as densidades técnicasinformacionais, mecanismos fiscais e financeiros, assim como a expropriação e exploração da força de trabalho. Para a delimitação do objeto e consecução dos objetivos específicos, foram estabelecidas as técnicas e procedimentos metodológicos de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. O arcabouço teórico perpassa uma discussão geral sobre o espaço geográfico como totalidade e a abordagem dos circuitos espaciais produtivos do ponto de vista de uma economia política do território em Santos (2008a, 2008b, 2012a, 2012c), Moraes (1984), Marx (2011, 2017), Harvey (2013) e Castillo e Frederico (2010); assim como ampara-se nas categorias de formação socioespacial e divisão territorial do trabalho (SANTOS, 1977b, 2005, 2008e, 2012a; SERENI, 2013; BARRIOS, 2014, GOLDENSTEIN; SEABRA, 2011; RIBEIRO, 2003; SILVEIRA, 2010b) para se refletir sobre o desenvolvimento da região nordestina (ANDRADE 1970, 1981a e 1988; ARAÚJO, 2002; OLIVEIRA, 1977). Na contextualização histórico-espacial construída, foram identificados três períodos de evolução da atividade têxtil nordestina: as raízes agrárias do circuito espacial da produção têxtil; a gestação da “dominação interna”; e a inserção periférica ao meio técnico-científico informacional. Da metodologia e análise empregadas resultou-se uma tipologia e uma topologia de subcircuitos têxteis, cuja sobreposição espacial conforma dezesseis especializações territoriais produtivas, distribuídas em determinados pontos ou manchas do Nordeste brasileiro. Por fim, problematizaram-se os fluxos enredados pela produção têxtil nordestina a partir de seus principais espaços de circulação, correlacionando-os aos círculos de cooperação no espaço e a circuitos complementares. |