Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Queiroz, Jaluza Luana Carvalho de |
Orientador(a): |
Morais, Ana Heloneida de Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51328
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Resumo: |
Os carotenoides atuam reduzindo o estresse oxidativo e, por conseguinte, agem sobre o processo inflamatório. A encapsulação pode preservar e/ou potencializar as propriedades funcionais desses pigmentos naturais, tais como atividade antioxidante. No presente estudo, dividido em capítulos, buscou-se avaliar como a encapsulação atuou aprimorando a atividade antioxidante e anti-inflamatória de carotenoides. O primeiro e segundo capítulos, referentes à revisão sistemática (RS), estão organizados da seguinte forma: o primeiro apresenta o protocolo de RS com registro prospectivo internacional de revisões sistemáticas (PROSPERO, sob o número CRD42020142065); e o segundo a RS, a qual reuniu e sistematizou estudos in vitro, ex vivo, in vivo, que avaliaram o efeito das diferentes técnicas de encapsulação de carotenoides na atividade antioxidante. Os artigos foram selecionados de acordo com a estratégia PICOS (população, intervenções, controle, resultados e tipo de estudo) e as buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Embase, Biblioteca Virtual em Saúde, Scopus, ScienceDirect e Web of Science. A avaliação da qualidade metodológica foi executada por meio da ferramenta OHAT (Office of Health Assessment and Translation). Foram selecionados 1577 artigos, resultando em 20 estudos elegíveis. Os resultados mostraram que a encapsulação promoveu mudanças na estrutura química dos carotenoides e o surgimento de novas interações químicas, além de aumentar a área superficial, resultando na preservação e no aprimoramento da atividade antioxidante. O terceiro capítulo refere-se ao estudo experimental, no qual se avaliou o efeito do extrato bruto rico em carotenoides obtido do melão Cantaloupe (Cucumis melo L. var cantalupensis) (EB) nanoencapsulado (EGS) em ratos Wistar com inflamação induzida pelo consumo da dieta de alto índice glicêmico e alta carga glicêmica (HGLI) sobre a resposta inflamatória sistêmica e do tecido adiposo. O EB foi caracterizado por métodos espectrofotométrico e cromatográfico, e o EGS foi caracterizado por métodos físicos e químicos, bem como avaliação da eficiência de incorporação. O experimento in vivo foi realizado por 11 dias com ratos Wistar machos (n = 20) com inflamação induzida por dieta, subdivididos em quatro grupos: sem tratamento (dieta HGLI + água), tratamento convencional (dieta HGLI + dieta nutricionalmente adequada), tratamento teste 1 [dieta HGLI e EB (12,5 mg/Kg)] e tratamento teste 2 [HGLI e EGS (50 mg/kg)]. Os grupos foram investigados em relação ao consumo alimentar, ingestão calórica, eficiência calórica e peso. As citocinas inflamatórias foram dosadas no plasma (TNF-α, IL-6 e leptina) e no tecido adiposo (TNF-α e IL-6). Além disso, foram registrados os pesos dos tecidos adiposo visceral (retroperitoneal, epididimal e perirrenal), realizadas análises histopatológicas e, investigação da atividade antioxidante no plasma e tecido adiposo visceral por meio da quantificação do malondialdeído, sulfidrilas e da atividade da superóxido dismutase (SOD). Para o experimento in vivo, não foram observadas alterações no consumo alimentar, ingestão, eficiência calórica e peso (p > 0,05). Porém, os animais tratados com EGS apresentaram menor variação média do consumo dietético e foi o único grupo que apresentou apenas perda de peso. Esse grupo também apresentou melhora (p < 0,05) nas concentrações plasmáticas das citocinas inflamatórias (IL-6 e leptina), contudo sem diferença na dosagem no tecido adiposo. No tecido adiposo visceral, constatou-se que a maior área focal de adipócitos multiloculares foi observada para o grupo tratado com EGS. Além disto, o EGS pode estar atuando de forma mimética a SOD e, com isso, reduzindo o estresse oxidativo. Dessa forma, o presente estudo apresenta uma contribuição científica relevante, pois a RS gerou informações relativas ao efeito da nanoencapsulação sobre a atividade antioxidante e, no estudo pré-clínico, sobre a inflamação. |