Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Grazielle Louise Ribeiro de |
Orientador(a): |
Morais, Ana Heloneida de Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/30032
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Resumo: |
A nanoencapsulação apresenta-se como uma alternativa para promover o aumento da solubilidade, estabilidade, potencializar e preservar a ação antioxidante dos carotenoides. Neste estudo foi avaliado o potencial e estabilidade antioxidante do extrato de melão Cantaloupe rico em carotenoides (EB) nanoencapsulado em gelatina (EGS), visando à aplicação em alimentos. EGS foi obtida por emulsificação óleo em água (O/A) e, as partículas foram caracterizadas por métodos físicos e químicos. Foram avaliados quanto potencial antioxidante por meio dos testes de sequestro dos radicais livres utilizando 2,2-difenil-2- picrilidrazilo (DPPH•) e ácido 2,2´-azino-bis-(3-etilbenzoatiazolina)-6-sulfônico (ABTS•): (1) EB (0,05 mg/mL); (2) β-caroteno padrão comercial (0,009 mg/mL); (3) nanopartículas sem EB (4,00 mg/mL); (4) EGS (4,05 mg/mL) e; (4) EB extraído das nanopartículas (0,05 mg/mL). Além disso, a estabilidade de EB e EGS foi avaliada à temperatura ambiente e de refrigeração (25 °C e 5 °C, respectivamente) com e sem presença de luz (1600 lux), por 60 dias, por meio (1) da concentração de β-caroteno por Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência (CLUE); e (2) do potencial antioxidante por ABTS. A caracterização mostrou nanopartículas esféricas com superfície lisa [90,9 (7.20) nm e 0,56 (0,08)], e interações químicas entre EB e gelatina suína, confirmando o encapsulamento. O percentual de inibição dos radicais ABTS• e DPPH• foi igual a: 1) EB: 22,2 (1,37)% e 18,8 (0,95)%; (2) β-caroteno padrão: 10,7 (1,55)% e 30,6 (0,54)%; (3) nanopartículas sem EB: 0,0 (0,0)% e 0,0 (0,0)%; (4) EGS: 0,0 (0,0)% e 0,0 (0,0)%; (4) EB extraído das nanopartículas: 35,0 (2,15)% e 30,0 (0,25)%. Portanto, a nanoencapsulação potencializou a ação antioxidante de EB na faixa de 57-59%. O estudo de estabilidade mostrou que após 60 dias, EB apresentou baixa retenção de β-caroteno, na faixa de 0 a 43,6%, sendo os menores percentuais à temperatura ambiente claro (0.00%) e escuro (10,0%). Com isso, gerando impacto negativo no potencial antioxidante, que foi completamente perdido nas quatro condições avaliadas (0,0%). Para EB extraído de EGS, ao final de 60 dias, observou-se retenção de 99,0% de β-caroteno no escuro à temperatura ambiente e sob refrigeração. Na exposição à luz, à temperatura ambiente houve perda total de β-caroteno (0,0%) e, sob refrigeração retenção de 83,1%. Portanto, a nanoencapsulação promoveu maior proteção e estabilidade do carotenoide sob refrigeração e à temperatura ambiente na ausência de luz (99,0%). Além disso, nota-se o excelente resultado obtido sob refrigeração em presença de luz. Em relação a inibição do radical ABTS•, verificou-se percentual na faixa de 68,7 – 48,3% após 60 dias, também associados às condições de armazenamento no escuro à temperatura ambiente e sob refrigeração. Portanto, o estudo demonstrou que a Nanotecnologia promoveu a proteção, potencialização da capacidade antioxidante e aumento da estabilidade dos carotenoides de melão Cantaloupe. Dessa forma, aumentando o potencial de aplicação de corantes naturais com propriedade antioxidante em alimentos industrializados. |