Viajando ao sertão: o cotidiano e as tradição nos relatos de viagem de Luís da Câmara Cascudo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Guedes, José Igo da Costa
Orientador(a): Ferreira, José Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29926
Resumo: Este estudo tem por objetivo analisar o modo como Luís da Câmara Cascudo via o sertão e o sertanejo em suas crônicas de viagem. Através desses textos o autor registrou vários aspectos referentes à cultura e às tradições sertanejas. O corpus do estudo é composto por duas séries de crônicas, “O Diário dos 1.104 Klmts”, publicado no jornal natalense A República, em 1929; e o livro Viajando o Sertão (1934), ambas resultantes das viagens empreendidas pelo intelectual ao interior da província do Rio Grande do Norte entre as décadas de 1920 e 1930. Com essa investigação temos a possibilidade de conhecer de maneira mais aprofundada elementos da cultura nacional, haja vista que, ao estudar e conhecer aspectos do sertão e de suas tradições, estamos contribuindo para o estudo daquilo que Mário de Andrade denominou de “entidade nacional brasileira”. Como aporte teórico-metodológico centramos os estudos em Benjamin (1994), Sedlmayer e Ginzburg (2012), Le Goff (1990), T. S. Eliot (1998), Machado, Pageaux (1988), bem como utilizamos as reflexões de Candido (2000; 2006; 2011), Süssekind (1990); e estudos sobre obra cascudiana, sobretudo Araújo (1995) e Ferreira (2000 e 2008). Sob essas abordagens, e após as análises, podemos perceber que Câmara Cascudo retoma a prática dos antigos viajantes na intenção de (re)descobrir os recantos do Brasil. Suas crônicas buscam apresentar os cenários e a geografia sertaneja ao público leitor, característica típica dos textos de viagem, bem como deixam registradas descrições de práticas tradicionais da cultura sertaneja nordestina.