Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Glauber Weder dos Santos |
Orientador(a): |
Miranda, Francisco Arnoldo Nunes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22608
|
Resumo: |
Introdução: No mundo, anualmente, ocorrem milhões de suicídios e parassuicídios, os quais são temas reconhecidos como prioridade da Saúde Pública. Estudos internacionais realizados nos últimos dez anos evidenciam associação de aspectos psicológicos e sociais no comportamento suicida de pessoas transgênero. Não foram encontrados no Brasil estudos que tenham rastreado e avaliado os aspectos associados à Ideação Suicida (IS) nesse público. Objetivo: Analisar a associação entre IS e os aspectos sociodemográficos, de saúde-doença, de depressão, de violência e comportamento suicida em pessoas transgênero. Método: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, do tipo descritivo-analítico e transversal, desenvolvido junto a quatro Organizações Não Governamentais (ONGs) de Direitos de Pessoas Travestis e Transexuais no Rio Grande do Norte. A população foi constituída por 58 sujeitos. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2015 a junho de 2016, utilizando-se três instrumentos específicos: (1) Escala de Ideação Suicida de Beck; (2) Inventário de Depressão de Beck; e (3) Questionário de informações sociodemográficas, de saúde-doença, violência e comportamento suicida. Os dados coletados foram organizados e armazenados em um banco de dados construído no software Microsoft Office Excel® versão 2016, com dupla digitação e, posteriormente, importados para o software R versão 3.3.1 para realização de testes. Para a análise descritiva, consideraram-se as frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e de dispersão. Para verificar a associação das variáveis, aplicou-se o Teste Qui-Quadrado de Pearson para Independência e, quando os pré-requisitos para o teste não foram atendidos, aplicouse o Teste Exato de Fisher. Adotou-se o nível de significância de 5%. O estudo foi autorizado pelas ONGs colaboradoras, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas e todos os participantes assinaram o TCLE. Resultados: IS foi presente em 41,38% dos participantes, entre os quais prevaleceram as seguintes características: identidade de gênero transexual (62,07%); sujeitos jovens com faixaetária de 18 aos 29 anos (68,97%); solteiros (81,03%); escolaridade menor ou igual a ensino médio (77,59%); raça negra ou parda (68,97%); em atividade de prostituição (29,31%) ou sem ocupação laboral (17,24%); e com renda mensal de até um salário mínimo (44,83%). Verificou-se associação estatisticamente significante com a presença de IS as seguintes variáveis: níveis de depressão (p=0,002); violência escolar (p=0,012); expulsão do núcleo familiar em razão da identidade de gênero (p=0,020); histórico de tentativa de suicídio (p=0,008); e intensidade da vontade de morrer na última tentativa de suicídio (p=0,028). A IS não se associou aos aspectos sociodemográficos nem de saúde-doença. Conclusões: Os resultados alertam para a necessidade da implementação, em caráter de urgência, de intervenções que objetivem o controle da IS, enquanto agravo à Saúde Pública, na população estudada. |