Manejo participativo nas várzeas amazônicas e seus efeitos multi-tróficos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, João Vitor Campos e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23520
Resumo: Sistemas de água doce representam os ambientes mais ameaçados do mundo, com taxas de extinção consideravelmente maiores que ambientes terrestres. Esses sistemas podem ser descritos como sistemas sócio ecológicos, onde relações sociais, biológicas e biofísicas são complexas e recíprocas. Um bom exemplo dessa complexidade está nas várzeas amazônicas, onde uma altíssima diversidade biológica e étnica coexiste. Estabelecer planos de conservação para as várzeas da Amazônia é uma tarefa homérica, uma vez que as ameaças que pairam sob esses ambientes não param de crescer. Diante da insuficiência governamental, em termos de recursos financeiros e humanos, argumentamos que a inclusão de comunidades locais no processo de conservação pode ser uma eficiente estratégia. Esses esquemas de conservação participativa têm sido implementados em vários ecossistemas do mundo, visando a descentralização da conservação e o empoderamento das comunidades locais. No entanto, a literatura global carece de estudos que avaliem os efeitos desses esquemas sob à luz dos principais objetivos do milênio: conservação da biodiversidade, redução da pobreza e melhoria da qualidade de vida das comunidades tradicionais. Na presente tese avaliamos dois sólidos sistemas de conservação participativa na Amazônia brasileira, o manejo comunitário do pirarucu e o manejo da tartaruga da Amazônia. Cada capítulo dessa tese traz uma abordagem diferente para essa problemática, avaliando os efeitos do manejo participativo em uma abordagem multi-trófica. Por fim, concluímos que a sociedade brasileira está frente a dois modelos muito interessantes de conservação, que ainda precisam de ajustes, mas que possuem um potencial incrível de contribuir com a conservação da várzea e com a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais.