Análise do Manejo Comunitário de Pirarucu (Arapaima Spp.) Na Resex Médio Juruá e Rds Uacari, Município de Carauari, Amazonas, Brasil
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia - GAP
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12895 http://lattes.cnpq.br/5250683312448142 |
Resumo: | O manejo comunitário de pirarucu foi implantado a partir de 2010 na RESEX Médio Juruá e na RDS Uacari e vem crescendo e envolve aproximadamente 500 beneficiários. Aspectos da sustentabilidade e economia da atividade são pouco conhecidos. Dessa maneira, neste estudo buscou-se avaliar a tendência populacional de pirarucu, a produtividade do manejo e aspectos da economia de seis áreas de manejo comunitário de pirarucus em ambas as reservas, buscando contribuir com o aperfeiçoamento do programa de manejo da espécie. Para isso foram utilizadas informações secundárias de relatórios, documentos técnicos e banco de dados das instituições gestoras e apoiadoras da atividade. Para análise de tendência populacional usou-se o número de pirarucus totais e a área (km²) dos lagos onde foram contados. Para análise da produtividade foi calculado o Índice de Desempenho de Pesca – (IDP) e a Captura por Unidade de Esforço (CPUE). O processo de comercialização foi analisado bem como os custos de produção e o saldo da comercialização. As áreas apresentaram tendências gerais de aumento do número de pirarucus/km2. O tamanho médio e massa dos peixes capturados sugerem tendência de sustentabilidade da atividade. Quatro das seis áreas de manejo avaliadas apresentaram índices de desempenho de pesca na categoria – “ótimo”. Outras duas se enquadraram na categoria – “baixo”. Contudo, foi observada uma alteração no sistema de manejo que pode representar um problema para a futura sustentabilidade da pesca manejada. Em algumas áreas de manejo a cota estipulada baseia-se na contagem de vários lagos, enquanto a pesca vem ocorrendo em apenas um deles. Em relação à CPUE, apenas uma área da região analisada foi menor que as encontradas para outras regiões onde ocorre o manejo de pirarucu. Os preços médios de venda nos três anos de manejo oscilaram entre R$ 5,15 e R$ 5,90 por quilo. O processo de comercialização vivenciado pelas associações vem passando por aprendizados, como a abertura para novos mercados e a diversificação de beneficiamento. Os principais itens dos custos de produção estão relacionados à logística. Todas as áreas de manejo analisadas neste estudo apresentaram desempenho econômico com retorno positivo médio de R$ 2.117,00. Uma vez que o manejo vem se expandindo, mais áreas tem intenção de realizar a pesca manejada, novos e mais exigentes mercados precisarão ser encontrados. As associações têm diversos desafios a superar, dentre os quais realizarem um melhor monitoramento do manejo, baixar os custos de produção e agregar mais qualidade ao produto, ampliando seu mercado de oferta. Portanto, o programa de manejo tem beneficiado economicamente as famílias envolvidas na atividade, bem como tem contribuído para a conservação da espécie e indiretamente para a proteção de diversas outras espécies. |