O uso de isótopos estáveis de nitrogênio (δ15N) evidencia a posição trófica do pirarucu (Arapaima sp.)?
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/13019 http://lattes.cnpq.br/8585847191091484 |
Resumo: | Estudos tróficos são essenciais para se entender a regulação e transferência de energia entre indivíduos e ecossistemas. Nós exploramos estimativas de posição trófica realizando análises de conteúdo estomacal e análises da razão natural dos isótopos estáveis de nitrogênio (δ15N) do fígado e do músculo de pirarucus de uma ampla gama de tamanhos corporais de lagos do médio rio Juruá, Amazonas. Também aliamos análises de conteúdos estomacais com o conhecimento empírico de moradores locais para expandir o entendimento sobre a alimentação do pirarucu na área do estudo. O tamanho total do pirarucu explicou a maior parte da variação da posição trófica estimada com δ15N do fígado e do músculo, mostrando que o tamanho corporal tem um efeito mais forte do que a posição trófica das presas nos valores do δ15N. Isso reforça a necessidade de um melhor entendimento dos fatores que afetam os valores de δ15N que não são relacionados à posição trófica da dieta. Análises de conteúdo estomacal aliadas ao conhecimento empírico apresentaram informações complementares indicando que pirarucus jovens se alimentam de peixes e invertebrados e adultos se alimentam exclusivamente de peixes, mas de uma ampla gama de espécies e principalmente de baixas posições tróficas. Os moradores entrevistados apresentam um conhecimento ecológico consistente da dieta do pirarucu, que poderia contribuir na implementação de futuros projetos de manejo na região. Isótopos estáveis podem adicionar informações complementares em estudos tróficos, mas análises de conteúdo estomacal continuam sendo necessárias para desvendar a ecologia trófica de peixes predadores em cada área de interesse. |