Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Amanda Soares Felismino |
Orientador(a): |
Bruno, Selma Sousa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30425
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Resumo: |
Introdução: Os efeitos da Reabilitação Cardíaca (RC) em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) crônica são avaliados durante o exercício máximo e são traduzidas principalmente por mudanças na captação de oxigênio no pico do esforço (VO2pico). No entanto, em pacientes severamente limitados, essa medida pode ser comprometida pela incapacidade de sustentar cargas máximas de exercício físico. Dessa forma, outras variáveis por serem empregadas independentes do esforço máximo, têm sido estudadas tais como o Liminar Anaeróbico - LA, relação entre o ventilação minuto e a produção de dióxido de carbono -VE/VCO2Slope, eficiência ventilatória – OUES e Oscilação ventilatória – OV. Além disso, o emprego dessas variáveis analisadas em conjunto podem fornecer elementos clínicos importantes sobre estratificação de risco prognóstico e de evento cardíaco. Objetivo: Avaliar os efeitos da Reabilitação Cardíaca (RC) nas variáveis independentes do esforço máximo (LA, VE/VCO2slope, OUES e a OV) e na estratificação de risco em pacientes com IC crônica, bem como avaliar se e como OUES e VO2LA se correlacionam com a capacidade aeróbica de pacientes com IC crônica e determinar quais parâmetros estão associados ao VO2LA e o OUES em pacientes com IC crônica. Materiais e Método: Trata-se de uma série de casos com pacientes com IC crônica compensada. Foram realizadas avaliações clínica, espirométricas e de teste esforço físico (ergometria e/ou ergoespirometria) antes do programa de RC. Em seguida os pacientes encaminhados ao programa de RC que incuiu uma dose de 36h/paciente de exercícios clínicos, individualizados (aeróbicos e resistidos) e supervisionados, 3 vezes/semana por 12 semanas, com reajuste de carga semanal, sendo reavaliados quanto ao teste de esforço físico após o período de 12 semanas de RC. Resultados e discussão: Foram avaliados 45 pacientes com IC crônica com idade média de 49.8±12.97 anos e Fração de Ejeção (FE) de 39.0±15.8%. Foi identificado um aumento de 124 segundos (p<0,001) na média do tempo total de teste e 24,1% na carga de trabalho na comparação pré e pós-RC. Quanto a análise metabólica tivemos crescimento de 18.3% no VO2pico após a RC, bem como aumento de 12.9% VO2 no momento do LA e de 20.14% no OUES75%, além da redução da média do VE/VCO2Slope e da presença de OV, o que gerou melhoria de estratificação de risco de 4 pacientes. Foi possível ainda concluir que o OUES é capaz de identificar pacientes com IC crônica com diferentes capacidades aeróbicas (<ou>70%VO2predito) como o LA (ASC=0.865, p=<0.0001; ASC= 0.800, p=0.002, respectivamente), além de não haver diferença significativa na comparação entre as curvas de característica de operação do receptor (ROC). A análise da regressão identificou fatores cardiovasculares e pulmonares (FE, diâmetro e volume diastólico, capacidade vital forçada e ventilação volutária máxima) relacionados a ambas variáveis. Conclusão: Conclui-se que as variáveis independentes do esforço máximo são capazes de identificar os efeitos da RC com uma dose de exercício individualizada e reajustada semanalmente assim como as dependentes do esforço máximo. E que as variáveis o OUES75% e o VO2LA se correlacionam com a capacidade aeróbica e são eficazes em diferenciar pacientes com IC crônica a partir de sua capacidade aeróbica. Além disso, as medidas estão associadas e a parâmetros cardiovasculares e pulmonares. |