Sou bacharel em saúde coletiva, e agora? Sobre quando novos sanitaristas entram no mundo do trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Viana, Jussara Lisboa
Orientador(a): Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23618
Resumo: Os debates no campo da Saúde Coletiva produziram argumentos de que o SUS precisava de um novo ator estratégico para impulsionar as mudanças não alcançadas durante a Reforma Sanitária, já que apenas a formação pós-graduada na área para a prática de sanitaristas não era suficiente. Nesse sentido, foram criados os Cursos de Graduação em Saúde Coletiva. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), esse curso é denominado de Gestão em Sistemas e Serviços de Saúde (GSSS). Esta pesquisa tem o objetivo de analisar como se dá a inserção (espaço, tempo e condicionantes) e a atuação profissionais dos egressos do Curso de GSSS da UFRN, mais especificamente: identificar limites, potencialidades e estratégias na inserção profissional dos egressos; identificar as atividades desenvolvidas pelos egressos no trabalho; analisar os desafios para os egressos no mundo do trabalho; analisar os condicionantes da formação desse Curso na inserção e atuação profissionais; e conhecer a visão das coordenadoras sobre a criação e formação do Curso de GSSS. O estudo se vincula à noção de pesquisadores implicados e à reflexividade como corrente de pensamento da pesquisa. A produção dos dados ocorreu pela técnica de Grupo Focal e entrevista individual com roteiro semiestruturado, ambas realizadas com egressos concluintes do Curso nos períodos de 2012.2, 2013.2 e 2014.2, sendo que também foram entrevistadas coordenadoras do referido Curso. Quanto à inserção, os desafios foram categorizados em: remuneração; reconhecimento da profissão em Saúde Coletiva; identidade profissional; e interferências políticas. Já as potencialidades foram categorizadas em: formação; núcleo de saber e prática da Saúde Coletiva; e o cenário da Secretaria Municipal de Saúde do Natal; e as estratégias para inserção são ações de caráter coletivo e individual que visam divulgar o Curso e seu profissional, bem como avançar na construção de uma nova profissão. Sobre a atuação profissional, são descritas as atividades desenvolvidas no trabalho pelos egressos, estas estão associadas à linha de formação de Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde. Essas atividades profissionais reforçam a ideia do Curso de GSSS em formar Gestores da Saúde para atuarem nos serviços e sistemas de saúde. No entanto, consideramos que a atuação de um generalista em Saúde Coletiva irá além dessa área de atuação. Os desafios na atuação profissional dos novos sanitaristas aparecem como de caráter estrutural do mundo do trabalho de outras profissões e foram categorizados em: relações de poder, cultura institucional e vínculo empregatício, tais desafios influenciam na saúde mental dos trabalhadores. Com relação à influência da formação na inserção profissional, destaca-se o Estágio Curricular, visto que o aluno amplia seu conhecimento e dá visibilidade profissional a si pelo vínculo com os demais profissionais. Ainda mais, os egressos trazem suas críticas positivas e negativas da formação que influenciaram na atuação profissional. Pela formação e pela atuação profissional, os egressos do Curso de Saúde Coletiva são novos sanitaristas com identidade diferenciada dos sanitaristas pós-graduados oriundos de outras graduações.