Famílias em transição: uma etnografia sobre relacionalidade, gênero e identidade nas vidas trans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Novo, Arthur Leonardo Costa
Orientador(a): Valle, Carlos Guilherme Octaviano do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47036
Resumo: Esta pesquisa investiga as transformações nas relações em famílias de homens trans e mulheres trans no curso da transição de gênero, analisando processos e práticas de relacionalidades envolvendo relações de gênero e família. Os interlocutores foram mães de filhos trans, homens trans e mulheres trans com quem realizei 14 meses de pesquisa de campo etnográfica em João Pessoa, na Paraíba, entre 2018 e 2019. Realizei observação participante e entrevistas em profundidade, acompanhando os interlocutores em suas atividades relacionadas à transição de gênero no dia a dia de um ambulatório do Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde e em agências e instituições dos governos estadual e municipal voltadas à promoção de cidadania e direitos para travestis e transexuais. Também segui as atividades de uma associação nacional de famílias de gays, lésbicas, travestis e transexuais, as Mães pela Diversidade, e acompanhei as participantes em atividades de ativismo e em grupos de ajuda mútua em João Pessoa e na cidade do Recife. Analiso como as famílias se relacionam com os diferentes discursos, saberes, espaços, agentes e especialistas das ciências médico-psi e como se tornam agentes que participam do processo de transição de seus filhos. Considerei as particularidades de quando estes são crianças e adolescentes e de quando são jovens adultos. Os efeitos da transição de gênero transbordam a experiência individual de quem “transiciona”, movendo novos arranjos de relações, formas de interação e sentidos entre as pessoas da família. Provocam processos de disrupção e transformação em identidades, memórias e vínculos familiares.