Violência e apoio social entre mulheres moradoras de um assentamento rural de reforma agrária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Eliane Lucas da
Orientador(a): Dimenstein, Magda Diniz Bezerra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25088
Resumo: As mulheres de áreas de assentamentos rurais de reforma agrária vivem em péssimas condições de vida e trabalho, bem como possuem dificuldade de acesso às políticas públicas, as quais contribuem para o agravamento de situações de violência que impactam, sobremaneira, a saúde física e mental das mulheres e de seus familiares. Esta pesquisa objetivou investigar a relação entre violência contra a mulher e apoio social entre moradoras de um assentamento de reforma agrária, considerando o atravessamento da dimensão de gênero. Os objetivos específicos buscaram detectar a incidência de violência de gênero e suas peculiaridades no meio rural; mapear a configuração das redes de apoio social formal e informal disponíveis nesse contexto e identificar que rotas são percorridas pelas mulheres em busca de ajuda e que recursos são utilizados para interromper o ciclo da violência. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa que buscou compreender os discursos e práticas que sustentam situações de violência nos assentamentos rurais e de que forma se apresentam no cotidiano das mulheres. Foram entrevistadas 9 mulheres moradoras de um assentamento rural do Rio Grande do Norte. Os resultados apontam que a violência de gênero contra as mulheres está associada às desigualdades nas relações de gênero, à invisibilidade do trabalho feminino, à prevalência de papéis rígidos de gênero, à naturalização da violência, bem como ao entendimento da violência como da esfera do privado. Verificou-se que as mulheres recorrem primeiramente ao apoio informal (familiares, amigos), a busca por serviços realiza-se apenas quando as situações de violência são agravadas, bem como enfrentam dificuldade de acesso aos serviços de saúde, à assistência social e às políticas de atenção e proteção às mulheres em situação de violência.