Arquitetura moderna da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carvalho, Heliana Lima de
Orientador(a): Araújo, Natália Miranda Vieira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29423
Resumo: A criação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) faz parte de um processo de implantação de unidades de ensino superior em diversos estados brasileiros, ocorrido na primeira metade do século XX. Nos primeiros anos de funcionamento, suas atividades eram desenvolvidas nos prédios que sediavam as antigas faculdades isoladas, dispersos em vários endereços dos bairros centrais da cidade. Só após 1968, com a Reforma Universitária, iniciouse um processo de mudança de paradigma, estruturando os cursos dentro de um campus universitário. A concentração das atividades e edifícios universitários dentro de um campus representava o ideal de modernidade, em contraposição ao modelo de faculdades tradicionais, fragmentadas, atendendo aos princípios de eficiência e racionalidade da organização universitária. Todas essas intervenções se basearam no Manual produzido em 1970 pelo consultor norte-americano Rudolph Atcon, o qual propõe diretrizes como o zoneamento funcional e hierarquização das vias de circulação, que juntamente com os princípios de racionalização, flexibilidade, expansão e integração, coincidem com o ideal de cidade moderna preconizado na Carta de Atenas. O resultado da aplicação desses princípios foi a criação de um extenso campus universitário, afastado da malha urbana da cidade e com uma estrutura viária que privilegiava o automóvel. A materialização desta proposta ocorreu com a proposição de edifícios flexíveis, modulados e com componentes construtivos padronizados, com uma composição estética notadamente brutalista. Por se tratar de uma instituição de ensino de grandes dimensões, sua dinâmica de funcionamento está constantemente passando por mudanças e modernizações, tanto do ponto de vista pedagógico quanto de sua infraestrutura física. Ao longo dos anos, ocorreu uma demanda permanente por espaços disponíveis para a ampliação de departamentos, construção de novas edificações e modernização das instalações com acréscimo de novos equipamentos. A falta de reconhecimento por parte da comunidade (alunos, professores, técnicos e demais moradores da cidade) acerca do valor cultural do acervo modernista do campus central da UFRN aliada à inexistência de diretrizes de intervenção nesses bens, dificulta ainda mais a preservação desses exemplares. Isso fica claro quando observamos o atual Plano Diretor do campus central da UFRN, elaborado em 2007. Neste documento não há menção destacando a importância da preservação do seu patrimônio arquitetônico moderno, nem tampouco existe indicação de diretrizes para preservação desses bens. Neste cenário, esta pesquisa inicia um processo de conhecimento e reconhecimento deste conjunto, a partir da identificação dos atributos da arquitetura moderna presentes em seus exemplares mais significativos. Esperamos que, a partir da sensibilização da comunidade em geral e, principalmente, do quadro técnico que elabora os projetos e executa as obras de intervenção no patrimônio construído da universidade quanto ao valor patrimonial deste acervo, possamos colaborar para sua preservação.