Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Tres, Guilherme Smaniotto |
Orientador(a): |
Sousa, Washington José de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32746
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Resumo: |
No capitalismo tudo se torna mercadoria, inclusive o meio ambiente natural. A degradação dos ecossistemas e da vida humana é a consequência imediata em meio relações alienadas. Assim, comunidades intencionais de motivação ecológica, como as ecovilas, buscam alternativas para tal situação. Formar-se-ia, então, uma práxis ecológica nesses ambientes. A tese, portanto, tem como objetivo delinear o conceito de práxis ecológica nos estudos organizacionais a partir de múltiplas práticas econômicas e dinâmicas comunais de trabalho e gestão em ecovilas. Emprego a visão marxiana de trabalho concreto, que gera coisas úteis, e trabalho abstrato, alienante, orientado à produção de mercadorias. Para a dimensão econômica, pauto pluralidade de interações possíveis abordadas por Karl Polanyi e Marcel Mauss, incorporando Vandana Shiva na denúncia do modo de vida contemporâneo em termos de monocultura da mente, em práticas materiais cotidianas e de relação com o meio ambiente natural e agricultura. Quanto à gestão comunal, a referência central é Guerreiro Ramos subsidiada por Maurício Serva. Um percurso de inspiração etnográfica em quatro comunidades intencionais e no Encontro Nacional de Comunidades Alternativas de 2019, totalizando 57 dias, compôs a coleta de dados primários. A iniciativa na Comunidade das Formigas, posta em prática no início do curso de doutorado, motivou a pesquisa e serviu de laboratório para esta tese. Como resultado do percurso teóricometodológico emerge o conceito de práxis ecológica como padrão contra-hegemônico de reprodução da vida que imprime às ecovilas características organizacionais específicas ancoradas em trabalho comunal, gestão comunal e pluralidade econômica. Por meio de práticas agrícolas naturais e complexas e experimentação da vida em comunidade na diversidade, que, idealmente, primam pela reprodução social e não do capital, a tese sintetiza possibilidades de relações de trabalho e econômicas distintas daquelas estritamente orientadas ao mercado e ao trabalho abstrato. Tais fatores apresentam-se como contrapontos à alienação característica do modo de produção capitalista que degrada, além da natureza, o ser humano em toda sua complexidade e o enquadra em processos de racionalidade predominantemente utilitários. A gestão organizacional fundamentada na racionalidade substantiva, autogerida, por outro lado, alia-se à noção de trabalho comunal e de economia plural para fornecer suporte ao que denomino de práxis ecológica. |