Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Valverde, Juliana Viégas de Lima |
Orientador(a): |
Elali, Gleice Virginia Medeiros de Azambuja |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52207
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Resumo: |
Diante do modelo capitalista vigente na atualidade tem surgido modos alternativos de vida que buscam mudanças com relação aos impactos ambientais, disparidades socioeconômicas e aspectos culturais hoje existentes, entendendo-se ser fundamental que muitas das práticas atuais não continuem a ser reproduzidas. Nesse contexto, ecovilas são assentamentos multifuncionais voltados à sustentabilidade e autossuficiência, cuja concepção se dá por meio de projetos participativos. No campo da arquitetura e urbanismo, vislumbrar alternativas para o modelo socioespacial vigente implica se debruçar sobre as questões humano-ambientais relacionadas ao tripé da sustentabilidade, e que até o extrapolam. Ao se configurarem como possibilidades de modos de vida sustentáveis, as ecovilas tem sido vistas como experimentos sociais de um futuro sustentável, cuja proliferação pode apontar caminhos possíveis para solucionar a crise socioambiental global. Nesse cenário, questiona-se: Como o ambiente (sociofísico) de ecovilas reflete modos de vida sustentáveis? O estudo tem como aporte teórico-metodológico os campos de Projeto Arquitetônico e Psicologia Ambiental, pautando-se em três entendimentos: (i) os Modos de Vida Sustentáveis (MVS) envolvem tendências e comportamentos psicológicos que revelam uma preocupação com as condições do ambiente físico e com a integridade do meio social; (ii) o Comportamento Pró-ecológico (CPE) influencia o ambiente físico e a qualidade de vida humana; (iii) o projeto arquitetônico reflete as intenções e desejos daqueles que o planejam. Portanto, o objeto de estudo desta tese é a relação entre o ambiente sociofísico de ecovilas brasileiras e MVS. A hipótese que se constrói diante do exposto é que o ambiente sociofísico de ecovilas representa modos de vida sustentáveis, evidenciáveis por meio de suas práticas cotidianas, as quais estão impressas em sua configuração espacial. Assim, o objetivo do estudo foi compreender a relação entre o ambiente físico de ecovilas e modos de vida sustentáveis no contexto brasileiro, a fim de orientar o desenvolvimento de propostas arquitetônicas de comunidades intencionais voltadas para sustentabilidade, e de modo a contemplar as relações pessoa-ambiente e as dimensões de sustentabilidade. A pesquisa, de caráter qualitativo, adotou uma postura etnográfica e abordagem multimétodos, conciliando observação participante, avaliação técnica e percepção dos usuários. Para tanto foram realizados um painel de especialistas e dois estudos de caso em ecovilas brasileiras consolidadas. Como resultados verificou-se que os especialistas pensam as condutas sustentáveis de modo sistêmico, por meio de ciclos fechados virtuosos e envolvendo práticas favoráveis à restauração de ambientes sociais e naturais, e, portanto, indicam a importância de atender a sustentabilidade integrando todas as suas dimensões. Já os estudos de caso realizados em duas ecovilas brasileiras sugerem que elas buscam implementar soluções projetuais adequadas ao contexto local, no intuito de experimentar um modo de vida sustentável e ligado as novas ruralidades. Para tanto tentam aliar tecnologia e inovação à criatividade e ao cuidado com os recursos disponíveis, porém cada iniciativa procura alcançar tal meta de acordo com suas possibilidades ambientais, sociais, econômicas e culturais. Em termos de planejamento e uso do espaço, há evidente valorização dos ambientes coletivos de convivência, observando-se que a cozinha comunitária exerce um papel central no projeto arquitetônico e no modo de vida, integrando todas as dimensões da sustentabilidade e favorecendo a convivência. Conclui-se que a vida comunitária integrada à natureza é um elemento-chave para a consolidação de modos de vida sustentáveis em ecovilas brasileiras e que estas se apresentam como laboratórios de novas ruralidades, sendo capazes de estabelecer pontes rumo a cultura regenerativa. |