Morbidade hospitalar e mortalidade em crianças menores de cinco anos no Brasil no período de 2007 a 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ferreira, Tainara Lôrena dos Santos
Orientador(a): Andrade, Fabia Barbosa De
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30620
Resumo: Nas últimas décadas, têm-se observado a redução da mortalidade entre menores de cinco anos, embora um grande número de mortes se mostre evitáveis. Assim, esse grupo etário ganhou nova perspectiva pela Organização das Nações Unidas, em 2015, em busca de eliminar mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de cinco anos. Portanto, o estudo objetiva avaliar a morbidade hospitalar e mortalidade no Brasil em menores de cinco anos de idade, no período de 2007 a 2016 e correlacionar com indicadores sociais, de desigualdade e de acesso aos serviços de saúde pública no Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, ecológico de série temporal a ser realizado com uso de dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde e Sistema de Informação sobre Mortalidade dos últimos dez anos (2007-2016) no âmbito nacional, disponíveis e extraídos da base nacional de domínio público pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Utilizou-se como variáveis dependentes: Coeficiente de Mortalidade Infantil e Coeficiente de Mortalidade de Crianças entre um a menores de cinco anos, distribuição percentual de internações hospitalares infantis e percentual de internações hospitalares de crianças entre um a menores de cinco anos. Como variáveis independentes, foram selecionadas: cobertura da Atenção Básica, cobertura de consultas de puericultura, cobertura de imunização, cobertura do Programa Bolsa Família, Índice de Desenvolvimento Humano, Índice de Gini e proporção de pobres. Para análise estatística dos dados foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0, com número de série 10101141047, sendo calculadas as medidas de tendência central e dispersão, e realizado o teste t de student entre as Regiões Intermediarias de Articulação Urbana. Para a análise espacial e construção dos mapas, foram utilizados os programas TerraView, versão 4.2.2, e o Geoda, versão 1.2. Observou-se que nos menores de um ano houve no período estudado a variação na média das causas como primeiro lugar uma média de 33,56 (sistema respiratório); seguindo de 32,13 (afecções originadas no período perinatal) e por último 17,07 (doenças infecciosas e parasitárias). Houve redução do coeficiente de mortalidade infantil comparando a média de 16,43 em 2007 e 13,41 em 2016. No tocante ao grupo infantil de um a quatro anos, o primeiro adoecimento se deu por respiratório (42,69), em segundo lugar por doenças infecciosas e parasitárias (25,84). Sobre o coeficiente de mortalidade em crianças entre um e menores de cinco anos obteve-se 2,84 em 2007 e 2,34 em 2016. Constatou-se a formação de clusters para a morbidade hospitalar e mortalidade, demonstrando dependência espacial para ocorrência dos eventos, grupo etário independente, correlacionados aos indicadores sociais, de desigualdade em saúde e de acesso aos serviços de saúde pública. Desta forma, sinaliza-se a necessidade de promover a diminuição de desigualdades sociais e regionais, e a ampliação do acesso aos serviços de saúde da criança e da assistência em saúde de qualidade nos serviços de baixa e média complexidade com vistas a redução dos agravos e melhora dos indicadores de morbimortalidade infantil