Atenção primária à saúde e a sua atuação no cuidado integral e intersetorial à mulher em situação de violência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Theônia Raquel dos
Orientador(a): Amorim, Karla Patricia Cardoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO NORDESTE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49825
Resumo: A violência doméstica e familiar é um grave problema de saúde pública no mundo, constituindo-se em um dos principais aspectos de violação dos direitos humanos, por afetar à saúde, à integridade física, o direito à vida. O objetivo deste estudo é analisar a atuação da Atenção Primária à Saúde no cuidado às mulheres em situação de violência doméstica e familiar no município de Parelhas/RN, na perspectiva da intersetorialidade e integralidade da atenção. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. A investigação ocorreu entre os meses de fevereiro e março de 2022, por meio da utilização de um diário de campo e de entrevistas individuais semiestruturadas com profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde, no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica e na Gestão da Saúde do município. Participaram da pesquisa 7 profissionais que fazem parte da Atenção Primária à Saúde. Os resultados demonstram uma rede fragilizada, desarticulada, sem fluxos e protocolos estabelecido, no qual o diálogo entre os serviços se limita aos encaminhamentos individuais. Além disso, os profissionais da Atenção Primária à Saúde têm dificuldade de identificar a maioria dos serviços que formam a rede de atendimento, impossibilitando a oferta de um serviço de qualidade e resolutivo. Entretanto, apontam potencialidades, a exemplo do reconhecimento do estratégico e importante papel da Atenção Primária à Saúde como porta de entrada para as mulheres em situação de violência. Urge a necessidade do fortalecimento das políticas públicas e da rede de atendimento a essas mulheres, sendo imprescindível a oferta a educação permanente e a construção de espaços que permitam os profissionais da saúde a trocar experiências e opiniões, realizando a autoavaliação e refletindo sobre os limites e as capacidades individuais.