Índice de comorbidade de Charlson e sua associação com composição corporal e mortalidade global de pacientes recentemente diagnosticados com câncer colorretal: estudo longitudinal multicêntrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bezerra, Mara Rúbia de Oliveira
Orientador(a): Fayh, Ana Paula Trussardi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54494
Resumo: O câncer é uma das principais causas de morte na maioria dos países, e no Brasil o contexto é semelhante. Destes, o câncer colorretal (CCR) se destaca com sua alta incidência. Além do diagnóstico de câncer, a presença de comorbidades pode impactar na composição corporal e no prognóstico desses pacientes. Portanto, o objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre o índice de comorbidade de Charlson ajustado para idade (A-ICC) e a composição corporal, bem como a sobrevida global em pacientes recentemente diagnosticados com CCR. Trata-se de um estudo de coorte multicêntrico, que avaliou pacientes de ambos os sexos, adultos e idosos com diagnóstico recente de CCR acompanhados por 36 meses. Imagens de tomografia computadorizada (TC) da região abdominal foram analisadas para a determinação da composição corporal: área de massa muscular esquelética (AME), índice de músculo esquelético (IME), radiodensidade da musculatura esquelética (RDM), tecido adiposo visceral (TAV), tecido adiposo subcutâneo (TASB) e tecido adiposo total (TAT). Fenótipos baseados na carga de comorbidade e nos parâmetros de composição corporal foram estabelecidos. Foram incluídos 436 pacientes, sendo 50% do sexo masculino, a maioria (58,3%) não caucasianos e com mediana de idade de 61 ± 13,2 anos. Aproximadamente metade dos pacientes (50,4%) não apresentava comorbidade, e dentre os que apresentavam, a mais prevalentes foi o diabetes mellitus não complicada (16,1%). Quanto à pontuação do A-ICC, a mediana do escore foi 4 (3;6). A regressão de Cox ajustada por variáveis de confusão indicaram que os pacientes com alta carga de comorbidade, principalmente associados com AME e TAV estavam em maior risco de mortalidade, independentemente da quantidade de tecido. O fenótipo “alto A-ICC e baixo AME” foi associado a maior risco de mortalidade em 36 meses (HR 5,12, p < 0,001). Além disso, o fenótipo “alto A-ICC e baixo TAV” apresentou alto risco de mortalidade em 36 meses (HR 5,01, p < 0,001). Em conclusão, nossos achados indicam associação entre SMA, RDM, VAT e carga de comorbidade em pacientes com CCR, com combinações dessas características potencialmente aumento o risco de mortalidade.