Composição corporal como fator prognóstico de eventos adversos em pacientes cirúrgicos com câncer gástrico e colorretal: um estudo observacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Ana Lúcia Miranda de
Orientador(a): Fayh, Ana Paula Trussardi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29564
Resumo: O câncer é uma das principais causas de mortes em todo o mundo, estando os tumores gástricos e colorretais entre os 10 tipos mais incidentes. Alterações na composição corporal e na massa muscular esquelética de pacientes com câncer são comuns, no entanto, tais alterações podem impactar diretamente na sobrevida e estão associadas a uma maior incidência de complicações póscirúrgicas. O objetivo deste estudo foi avaliar quais aspectos relacionados a composição corporal, força muscular e características da musculatura esquelética são fatores preditores de complicações pós-cirúrgicas em pacientes com câncer gástrico e colorretal. Foi realizado um estudo prospectivo, de dezembro de 2017 a dezembro de 2018, com pacientes cirúrgicos com câncer gástrico e colorretal. Imagens de tomografia computadorizada da região abdominal foram avaliadas para a determinação da composição corporal: quantidade de músculo esquelético através do Índice de Músculo Esquelético (IME), qualidade da musculatura esquelética através da radiodensidade muscular, que reflete a infiltração de gordura no músculo, e quantidade de Tecido Adiposo Visceral. Sarcopenia foi definida como baixo IME, e mioesteatose como baixa radiodensidade muscular. A dinapenia foi definida como a baixa força do aperto de mão. Somente complicações de grau II ou acima, de acordo com a classificação de Clavien-Dindo, foram consideradas neste estudo. Todos os pacientes foram acompanhados até a alta hospitalar, e após a alta por mais 30 dias. Um total de 84 pacientes foram incluídos no estudo, dos quais 17,9% foram diagnosticados com sarcopenia, 16,7% com mioesteatose e 31% com dinapenia. Complicações pós-cirúrgicas ocorreram em 51,2% da amostra. A regressão de Cox mostrou que a dinapenia combinada com sarcopenia e/ou mioesteatose foi o mais forte preditor de risco independente para complicações pós-cirúrgicas em pacientes com câncer gástrico e colorretal. Em conclusão, recomenda-se fortemente a avaliação da composição corporal antes da realização do procedimento cirúrgico, o que pode ajudar a triar pacientes com maior risco de desenvolver complicações pós-operatórias.