Existimos porque resistimos: história, lutas e conquistas do Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes-Gami

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, José Adailton Sousa dos
Orientador(a): Fortes, Lore
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28247
Resumo: O Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes-GAMI, localizado no bairro da Redinha, cidade Natal-RN, nasce no ano de 2003, quando algumas mulheres lésbicas e bissexuais se separaram do Grupo Habeas Corpus Potiguar-GHAP. O GHAP foi um dos primeiros movimentos de homossexuais na cidade de Natal, onde também militavam lésbicas e bissexuais, que até então não se sentiam representadas em suas pautas pelo grupo, assim passam a formar um movimento autônomo. As mulheres lésbicas e bissexuais que construíram o GAMI passaram a caminhar a partir das pautas feministas, pois em alguns momentos as demandas do movimento lésbico eram comuns ao feminismo. Assim, este trabalho buscar compreender o deslocamento histórico do Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes que parti do movimento homossexual para a campo das ideias feministas, assim apresento a história da sua formação política analisando sua atuação no movimento feministas, suas atividades e projetos no bairro. Como trabalho etnográfico, este estudo foi construído a partir da minha participação nas diversas atividades realizadas pelo grupo: formações políticas, atividades de lazer e projetos sociais. Por meio de uma abordagem qualitativa, optou-se pela observação participante, entrevistas e pesquisa documental como ferramentas metodológicas. Os dados obtidos apontam o grupo como um espaço de afirmação das identidades de mulheres lésbicas e bissexuais e como um mecanismo de construção de novas agências para ressignificação de novas práticas de vida. Além disso, percebe-se a importância do grupo para o atual movimento LGBTQ+, movimento de mulheres e para produção de novos feminismos, principalmente o feminismo periférico.