Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Brito, Andiara Araújo Cunegundes de |
Orientador(a): |
Lima, Kenio Costa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49578
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Resumo: |
As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) constituem uma modalidade assistencial de caráter domiciliar, coletivo e com cuidados longitudinais, destinada às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, onde elas devem viver em condição de liberdade, dignidade e cidadania. Entretanto, na história da institucionalização da velhice, as ILPI foram também conhecidas como asilos que se configuraram, por vezes, como espaços de exercício da caridade cristã e de amparo da pobreza individual e familiar, com regras para limitar e homogeneizar as atividades dos idosos abrigados, privando-os do convívio social e familiar, o que ainda hoje se observa em algumas ILPI. Nesse sentido, surgem indagações sobre os cuidados oferecidos, cuja reflexão incide no processo de manicomialização das pessoas idosas institucionalizadas. Objetivou-se analisar os cuidados oferecidos às pessoas institucionalizadas. Esta pesquisa possui abordagem mista, caráter descritivo e exploratório e foi realizada nas ILPI filantrópicas do Estado do Rio Grande do Norte, cadastradas no Sistema Único da Assistência Social (SUAS) e reconhecidas pela Vigilância Sanitária. O trabalho de campo foi realizado no primeiro semestre de 2019, através de roteiro de observação direta não participante, aplicação de questionários estruturados e entrevistas semiestruturadas com atores envolvidos no processo de trabalho das ILPI. A análise dos dados levantou aspectos que atravessam e condicionam os cuidados oferecidos aos residentes. Assim, as discussões estão organizadas em três capítulos, a saber: 1- Perfil das Instituições de Longa Permanência para Idosos e qualidade de vida dos residentes; 2- A institucionalização das pessoas idosas: entre cuidados curativos e cuidados alienantes; e, 3- Viver ou conviver? Desafios e possibilidades de cuidados às pessoas idosas nas Instituições de Longa Permanência. Portanto, a reflexão sobre os cuidados oferecidos nas ILPI evidencia uma descontinuidade no diálogo entre as redes de assistência social e de saúde, produzindo a necessidade de transformação no acolhimento de longa permanência dos idosos. As redes precisam se unir para um planejamento efetivo referente às políticas públicas de proteção aos idosos, evidenciando estratégias que supram as necessidades da sociedade brasileira em envelhecimento, por meio de serviços que ofereçam suporte aos cuidados longitudinais e promovam a desinstitucionalização de pessoas idosas das ILPI que tenham a possibilidade de voltarem a conviver no seu seio familiar e comunitário. |